O goleiro Gomes, reserva do Brasil na Copa do Mundo de 2010, pode ter feito no sábado o último jogo de sua carreira ao perder a final da Copa da Inglaterra defendendo o Watford, goleado pelo Manchester City.
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Na Turquia, Márcio Nobre pendurou as chuteiras no fim de semana. Lá ele virou Mert Nobre e, depois de se destacar por Fenerbahçe e Besiktas, acaba de subir com o Gençlerbirligi para a elite do Campeonato Turco.
Eles são alguns dos já poucos jogadores do elenco campeão brasileiro pelo Cruzeiro em 2003, na primeira edição dos pontos corridos, a ainda atuarem profissionalmente nesta temporada. Sim, estamos ficando velhos: está chegando a hora de aquela turma inteira virar só lembranças e pôsteres na parede.
Se aos 38 anos Gomes manteve nível de elite inglesa e Nobre foi importante na segundona turca, Edu Dracena, com a mesma idade, é zagueiro do Palmeiras, hoje mais utilizado no time alternativo de Luiz Felipe Scolari. No mesmo clube está Felipe Melo, este titular absoluto e em conversas para renovação de contrato, aos 35. São atuais campeões e líderes da Série A do Campeonato Brasileiro.
Em Hong Kong, o meia Itaparica acaba de terminar mais uma temporada pelo R&F. Ele fez só um jogo na campanha de 2003 e, também aos 38 anos, está há mais de uma década no futebol do país onde defendeu inclusive a seleção nacional. O time foi vice-campeão nacional no domingo.
Nas divisões inferiores do Brasil, estão mais quatro jogadores daquele elenco: campeão da Champions League e jogador de Copa do Mundo, o lateral Maicon, 37, está jogando a Série B pelo Criciúma; o volante Augusto Recife, 35, disputa a Série C pelo Tombense, mesma divisão do Confiança, do Sergipe, que tem o também volante Jardel, 36; por fim, Gladstone, 34, está na Série D vestindo a camisa da URT.
No jogo do título brasileiro de 2003, contra o Paysandu, Vanderlei Luxemburgo escalou o Cruzeiro com Gomes; Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Augusto Recife, Maldonado, Wendell e Zinho; Márcio Nobre e Aristizábal. Entraram Felipe Melo, Sandro e Mota, enquanto Alex, craque maior da companhia, estava suspenso. Dos que atuaram bastante vale ainda lembrar do atacante Deivid, já negociado, e do zagueiro Luisão, que se despediu dos gramados no ano passado, jogando pelo Benfica.
Aquele Cruzeiro acabou sendo muito marcante pela qualidade do futebol apresentado - venceu 31 jogos, marcou 102 gols e terminou campeão com 13 pontos de vantagem sobre o Santos, time que bateu duas vezes (2-0 e 3-0). Mas também pela marcante tríplice coroa, levando o Campeonato Mineiro e a Copa do Brasil, e ainda em razão do ineditismo do formato, já que após intensa discussão decidiu-se pelo torneio por pontos corridos, no caso com longas 46 rodadas.
Enfim, um time para a história com seus quase quarentões espalhados por aí em seus derradeiros momentos no futebol.
