Torcedores do Santos na final da Libertadores de 2020 no Maracanã - Palmeiras 1 x 0 SantosGetty Images

Maracanã virou o estádio com público no Brasil durante a pandemia

A grande decisão da Copa América entre Brasil e Argentina no próximo sábado (10) terá a presença de público no Maracanã . Embora não tenha os 60 mil torcedores nas arquibancadas como na final de 2019, o estádio receberá mais um evento com a presença de convidados e torcedores durante a pandemia de coronavírus.

Em caráter excepcional, a Prefeitura do Rio de Janeiro cedeu à Conmebol e liberou a presença de 10% da capacidade de cada setor do Maracanã, em momento da pandemia que o país registra média móvel de cerca de 48 mil casos e 1,4 mil mortes por Covid-19 por dia.

Futebol ao vivo ou quando quiser? Clique aqui e teste o DAZN grátis por um mês!

"Não deixa de ser um evento teste para nós, neste momento em que as notícias já são melhores. E a gente começa, se Deus quiser, a viver uma transição", disse Eduardo Paes no anúncio da decisão.

Todos que estiverem no estádio deverão ser testados com, pelo menos, 48 horas de antecedência e quem testar positivo não poderá entrar - o que pode afastar possibilidade da presença de Jair Bolsonaro (sem partido) de marcar presença no Maracanã . Não haverá venda de ingressos, ou seja, todos os presentes devem ser convidados da entidade sul-americana, assim como foi na decisão da Copa Libertadores de 2020, realizada em janeiro de 2021.

Na final de clubes, torcedores de Palmeiras e Santos puderam acompanhar o jogo, totalizando cerca de 5 mil presentes concentrados em um dos setores do estádio . No caso da Copa América, segundo o prefeito Eduardo Paes, as pessoas que estiverem no Maracanã para assistir Brasil x Argentina estarão mais "espalhadas" pelo estádio, evitando aglomerações.

Abel Ferreira, torcida - Final Palmeiras x Santos LibertadoresReprodução/Twitter LibertadoresBR Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, com torcdores do Santos ao fundo. Foto: Reprodução/Twitter LibertadoresBR

Um dos presentes no título do Alviverde na Libertadores foi o Bruno Covas, ex-prefeito de São Paulo que faleceu em decorrência de um câncer. Na época, a decisão do político de ir ao Maracanã foi polêmica, mas de certa forma amenizada após sua morte. Já no fim da vida, Covas queria somente aproveitar um momento especial com o filho Tomás.

Além dos torneios da Conmebol, o Maracanã foi palco de outro evento com a presença de público durante a pandemia. Em maio deste ano, uma grande polêmica marcou o primeiro jogo da decisão do Campeonato Carioca entre Fluminense e Flamengo.

A presença de torcedores dos dois times em uma das arquibancadas no Maracanã, o mesmo setor que recebeu palmeirenses e santistas, foi uma iniciativa da Ferj, que liberou 300 convites, 150 para cada clube. Segundo a federação, no total, 148 convidados estiveram presentes. O Fluminense garante que não distribuiu os convites, mas o lado rubro-negro ficou visivelmente cheio.

Nos dois jogos, puderam ser ouvidos cantos das torcidas e gritos de incentivo, mas também houve muito desrespeito às medidas sanitárias em meio à pandemia de coronavírus, como a necessidade de distanciamento social e do uso de máscaras. Para o segundo jogo da decisão do Estadual, a prefeitura vetou a entrada de quaisquer convidados no estádio , gerando revolta de alguns dirigentes rubro-negros .

Lembrando que foi justamente a pandemia o motivo de desistência da Argentina de sediar a Copa América deste ano.

Publicidade