Após seu discurso contra o racismo durante a cerimônia do prêmio The Best, Gianni Infantino, presidente da Fifa, voltou a tocar no assunto. Nesta temporada, em poucos meses já foram registrados diversos casos de racismo nos principais campeonatos europeus, como na Serie A italiana e na Premier League.
Quer ver jogos ao vivo ou quando quiser? Acesse o DAZN e teste o serviço por um mês grátis!
Infantino ressaltou que não cabe ao futebol resolver esse problema, pois isso vai além do esporte: "O que vemos na Itália e na Europa é um problema social. Não podemos ser ingênuos ao pensar que o futebol pode mudar o mundo. O futebol pode ajudar a melhorar algumas coisas. Temos que nos abrir para entender as novas fronteiras do futebol".
O presidente ainda falou da importância de eventos como a Copa do Mundo para aproximar nações e culturas como uma ferramenta de combate ao racismo: "Não precisamos estar focados no futebol nacional ou europeu, mas no futebol internacional. Temos que enviar nossas equipes com meninos e meninas ao redor do mundo, jogando e descobrindo novas culturas. Se fizermos isso durante esse tipo de competição [a Copa do Mundo], será bom para todo mundo".
Casos recentes
A Itália registrou diversos atos de racismos e muitas polêmicas em torno do assunto. Em Cagliari x Inter, Romelu Lukaku foi quem sofreu com os insultos. E o pior: a própria torcida da Inter defendeu os atos da torcida do Cagliari, falando que aquilo "não era racismo".
Kessie, em Verona x Milan, e Dalbert, em Atalanta x Fiorentina, também foram vítimas de racismo. No caso do brasileiro, o árbitro chegou a paralisar a partida até que os torcedores parassem com os insultos. A Serie A não sinalizou nenhuma punição aos clubes em nenhum dos casos.
Na Inglaterra, dois jogadores do Manchester United já sofreram com ataques parecidos: Paul Pogba e Marcus Rashford, os dois após perderem pênaltis. Tammy Abraham, do Chelsea, também sofreu com isso.
Outro caso que aconteceu na Europa foi quando Malcom estreou pelo Zenit, da Rússia, e a torcida pediu para a diretoria "respeitar a história do clube" e não contratar jogadores negros.
