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Isabelly Morais, Alinne Fanelli e Alline Calandrini, narradora e comentaristas da BandInstagram Isabelly Morais

Futebol feminino democratiza acesso a vozes de mulheres no esporte

Há cerca de três meses, escrevi uma matéria para a Folha de São Paulo sobre a presença de mulheres narrando jogos da seleção feminina nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Na TV por assinatura. Natália Lara, Renata Silveira e Isabelly Morais comandavam as transmissões no SporTV e na BandSports, alternativas à tradicional voz de Galvão Bueno, que narrava as partidas na Globo.

A verdade é que a facilidade de acesso do público ao futebol feminino, com o aumento e a variedade de transmissões, também ajuda a familiarizar a audiência com mulheres narrando e comentando as partidas. Só para se ter uma ideia, a Série A1 do Campeonato Brasileiro foi transmitida pela Band no sinal aberto, SporTV em TV por assinatura, e canais do TikTok do Desimpedidos e da própria CBF. A variedade de serviços de TV e streaming também atinge a Série A2, campeonatos estaduais e continentais.

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A primeira edição da Libertadores Feminina, em 2009, chegou a ser transmitida em TV aberta. No entanto, 12 anos depois, é importante ressaltar que a democratização da competição acontece de outra maneira, com o crescimento de serviços de streaming. Transmissões online podem não ser a principal fonte de audiência do futebol no Brasil, mas ajudam a lançar novos talentos e a facilitar o acesso à modalidade.

Com isso, uma geração de narradoras e comentaristas passa a se destacar pelo talento, técnica e conhecimento. Essas vozes, já conhecidas do público das emissoras, também se tornam presença cada vez mais constante em torneios masculinos. Apesar de se ter mais mulheres, ainda há pouca diversidade entre elas. Mas é só ver o crescimento do interesse de mulheres em cursos de narração, programas como o Narra quem Sabe (ESPN) ou em seleções para vagas de narração e análise para ver que o cenário está mudando.

Renata Silveira, narradora do Grupo Globo - 07 12 2020João Cotta/Rede Globo/Divulgação

A Libertadores Feminina 2021, que será disputada até o dia 21/11, é transmitida pelo grupo Disney (que reúne ESPN, Fox Sports e o serviço de streaming Star+), pelo serviço de pay-per-view Conmebol TV e no Facebook Watch, que usa a rede social para transmissões ao vivo. A variedade de mulheres narrando e comentando só cresce. A Liberta, com equipes mistas em vários jogos, tem os holofotes voltados para elas.

Nas transmissões do grupo Disney, Luciana Mariano se destaca em sua experiência. Ela foi a primeira mulher a narrar futebol na TV brasileira, e foi pupila de Luciano do Valle na Band. Além dela, Elaine Trevisan é conhecida pelas transmissões do futebol feminino no Brasileirão e no Campeonato Paulista. Elas são acompanhadas de Mariana Spinelli e Mariana Pereira nos comentários, além de Renata Ruel na análise de arbitragem.

A Conmebol TV, por sua vez, aposta em uma equipe formada com profissionais do Grupo Bandeirantes. Isabelly Morais, principal narradora do futebol feminino nas transmissões do Brasileirão na Band, assume os microfones na narração. Os comentários se dividem entre Bianca Molina, Milene Domingues, Juliana Yamaoka e Jordana Araújo. Mas a maior oferta de mulheres nas transmissões está no Facebook Watch.

Com a parceria de conteúdo entre a Conmebol e a rede social, todos os 32 jogos serão transmitidos globalmente. Nas transmissões em português, as narradoras Letícia Macedo, Camilla Garcia e a estreante Luiza Santana se dividem entre as partidas. Nos comentários, sete mulheres analisam as partidas para o público do streaming: Alline Calandrini, Aline Fanelli e Jordana Araújo dividem a agenda com as transmissões do pay-per-view, e são acompanhadas por Nathalia Ferrão, Daniela Alves, Natália Santana, Marcella Azevedo e Juliane Santos.

Enquanto os três clubes brasileiros seguem na luta pelo título continental, fora das quatro linhas, outras mulheres lutam para ocupar espaços de cada vez mais prestígio no esporte nacional. A voz da mulher, sempre questionada em ambientes voltados ao futebol, está consolidada no feminino. O objetivo é que essa consolidação também aconteça em outros espaços, e com cada vez mais vozes, vivências e experiências de mulheres no futebol.

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