Abel Braga Fluminense Univ Catolica Quito Copa Sudamericana 29062017Nelson Perez/Fluminense FC

A vantagem que pode fazer o Fluminense ficar quite com Quito

Quito, Equador. Se existe um clube brasileiro que deseja dar uma resposta para a cidade localizada ao noroeste do continente, é o Fluminense. Afinal de contas, por dois anos consecutivos a capital equatoriana se mostrou decisiva para impedir os títulos continentais da Libertadores e Copa Sul-Americana, respectivamente em 2008 e 2009.

O carrasco tricolor, nas duas oportunidades, foi a LDU. Em 2008, a equipe equatoriana fez 4 a 2 no primeiro embate da final da Libertadores e ficou com o troféu após a disputa por pênaltis em um Maracanã lotado e cheio de esperança. Na temporada seguinte, goleou os tricolores por 5 a 1 na ida e a derrota por 3 a 0 na volta garantiu outra taça.

Só que desta vez, o primeiro jogo não foi na altitude de 2.850 metros. Tampouco foi contra a LDU, e sim perante a Universidad Católica local. No Rio de Janeiro, a equipe comandada por Abel Braga aplicou uma goleada de 4 a 0 e deixou a classificação para as oitavas de final bem encaminhada.

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Mais frágil em relação ao algoz de quase uma década atrás, a ‘La U’ do Equador vem de três derrotas e um empate no campeonato local. Ainda que a superioridade tricolor seja evidente, como ficou claro no primeiro jogo, a altitude segue representando um grande perigo na visão da comissão técnica.

Abel Braga Fluminense Univ Catolica Quito Copa Sudamericana 29062017Nelson Perez/Fluminense FC(Foto: Nelson perez/Fluminense FC)

“2.800 metros já é considerada alta altitude. Em decorrência disso a densidade de pressão atmosférica é menor e consequentemente a oferta de oxigênio também, cerca de 28% a menos do que ao nível do mar. Isso obviamente acarreta em modificação de performance. Há estudos que demonstram uma redução de 3 a 4% da distância total percorrida em times que não estão acostumados com essa altitude”, afirmou o fisiologista do clube, Juliano Spineti.

No entanto, a confiança no resultado obtido em casa é visto como fator de segurança: “Jogar com vantagem ajuda perfeitamente. A necessidade de construção do placar faz com que a exigência de alta intensidade seja maior, conforme nossas análises por GPS. Ter uma vantagem no placar é um fator que nos dá mais tranquilidade, pois acreditamos que os problemas sejam menores no dia do jogo”, ressaltou Juliano.

Para seguir forte no sonho do título, o clube das Laranjeiras tem conhecimento de sobra para não permitir nenhuma zebra. Dificultar os arremates de longe, em terreno no qual a bola fica mais rápida [coisa que os times de 2008 e 2009 não conseguiram fazer], é a grande missão. Mas a grande vantagem construída em casa é o maior trunfo para o Fluminense enfim ficar quite com Quito.

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