São Paulo vive seu momento mais crítico desde o início da pandemia do novo coronavírus. Com isso, por determinação do governador João Dória, o estado paulista entra na fase vermelha, a mais rígida da quarentena, a partir da primeira hora deste sábado (06). Mas como fica o Paulistão com as novas medidas de contenção da Covid-19?
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Apesar de o estado de São Paulo estar batendo recordes nos níveis de contaminação e mortes com relação ao novo coronavírus, o governo e a Federação Paulista de Futebol (FPF) ainda não estão pensando em paralisar o Campeonato Paulista.
De acordo com a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, qualquer cidade pode sediar partidas de futebol, mesmo com a fase vermelha da quarentena, que permite apenas o funcionamento de serviços essenciais à população, ou seja, mercados, farmácias, hospitais e etc.
Além disso, a FPF também entende que o protocolo apresentado pela entidade e aprovado pelo governo estadual - que prevê medidas de prevenção, a realização de testes semanais, o isolamento de casos positivos e acompanhamento diário de atletas e demais integrantes das equipes - dão segurança à realização das partidas.
"Até esse momento vai seguir mesmo modelo da Europa, onde vários países com lockdown mantiveram atividades esportivas sem plateia. Até o momento decisão que temos é manter atividades como em Portugal, Inglaterra e outros. Essa atividade é bastante controlada e população precisa de diversão nesse período muito duro", afirmou José Medina, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em SP, em coletiva realizada na última quarta-feira (03).
Rubens Chiri/São Paulo FCPor que São Paulo está na fase vermelha e como ela funciona?
Na última semana, o governador João Dória endureceu as medidas de restrição em São Paulo e reduziu todo o estado para a fase vermelha da quarentena, que entra em vigor a partir da primeira hora deste sábado (7).
Nela, apenas os serviços essenciais à população podem funcionar. De acordo com as determinações, são eles: serviços de saúde e transporte, estabelecimentos como padarias, mercados, farmácias e postos de combustíveis, além de escolas e atividades religiosas - estes dois últimos foram incluídos recentemente na lista de serviços essenciais por meio de decretos estaduais.
Assim, qualquer outro tipo de estabelecimento ou serviço, como academias, bares, restaurantes e comércios permanecem fechados em tempo integral.
A medida, que inicialmente será válida por duas semanas, foi tomada pelo governo João Dória após o enorme aumento no número de casos da Covid-19 em todo o estado.
Na última semana, São Paulo registrou 2.255 novas internações em apenas 24 horas, número mais alto desde o início da pandemia.
A taxa de ocupação de leitos para o novo coronavírus em todo o estado chega a quase 80% para UTIs e 60% em enfermarias. Em regiões como Araraquara, Bauru e Presidente Prudente, há mais de 90% de ocupação nos leitos de UTI.
A última semana, classificada por João Dória como “a pior da pandemia”, também registrou o recorde de óbitos em apenas um dia no estado: 468. Até o momento, São Paulo já registra mais de dois milhões de infectados e mais de 60 mil mortes no total.
Covid-19 no futebol brasileiro
Rafael Ribeiro/VascoDe acordo com um levantamento exclusivo feito pela Goal, levando em conta apenas os 20 clubes que fizeram parte da primeira divisão nacional na temporada passada, 365 jogadores já haviam sido contaminados pela Covid-19 até o mês de janeiro, desde o início da pandemia. Na semana passada, o Corinthians registrou mais um surto interno da doença.
Neste momento, crítico em todo o Brasil, não apenas em São Paulo, os estados de Santa Catarina, Paraná e Ceará já paralisaram os estaduais de 2021.
Lisca, técnico do América-MG, fez um pedido público na última semana para que o futebol fosse paralisado no Brasil e, de acordo com o GE, o Ministério Público irá recomendar à CBF a suspensão de todos os campeonatos no país, o que também aconteceu em março no ano passado.
