Diego Simeone é um treinador assumidamente retranqueiro, e o faz com orgulho. Dessa forma recolocou o Atlético de Madrid na elite do futebol europeu, conquistou o título de LaLiga e chegou à final da Liga dos Campeões duas vezes. Porém, o Atleti de Simeone provou de seu próprio veneno contra o Chelsea de Thomas Tuchel, atualmente um dos times mais bem postados defensivamente do futebol europeu.
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Aproveitando a versatilidade de Azpilicueta, Tuchel adotou um sistema com três zagueiros, com o espanhol atuando como o terceiro homem da zaga pela direita. Nesta quarta-feira (17), ainda sem Thiago Silva, Rudiger e Zouma completaram a trinca.
E como se não bastasse ter três homens para defender a grande área, o treinador alemão ainda conta com um dos melhores volantes do mundo, N'Golo Kanté, capaz de dar proteção a qualquer sistema defensivo.
Jogando ao lado de Kovacic, o francês, como de costume, fez de tudo um pouco. Roubou bolas, desarmou, se movimentou, correu, infernizou os jogadores do Atlético de Madrid que tentavam atacar e, prcincipalmente, armou os contra-ataques.
O desempenho de Kanté lhe rendeu o prêmio de melhor jogador em campo, mas também possibilitou ao Chelsea a opção de alternar seu esquema tático dentro da própria partida, com a postura de seus alas, ontem, Alonso e James. E o Atlético de Madrid, que precisava atacar para reverter a derrota da partida de ida, por 1 a 0, se tornou uma presa fácil para o sistema dos Blues.
DAZNKanté participou dos dois gols do Chelsea / Foto: DAZN
Sem a bola, os alas recuam e fecham uma linha de cinco defensores atrás, em um 5-2-3, deixando os três homens da frente prontos para atacar a qualquer momento. E assim saiu o primeiro gol.
Aos 33 minutos, Kanté cortou de cabeça e já ligou Kai Havertz, que lançou Werner em velocidade. Com espaço para usar sua velocidade, o alemão avançou e apenas rolou para Ziyech abrir o placar.
Porém, com a segurança de que Kante irá fazer as coberturas, roubar as bolas e armar os contra-ataques em velocidade, a dupla de alas também tem liberdade para atacar e sair em velocidade, alternando o esquema para um 3-4-3. E assim saiu o segundo gol.
Após mais um corte de Kanté, a bola sobrou para Pulisic puxar o contra-ataque. Então, ele só teve o trabalho de rolar para Emerson, que havia entrado no lugar de Alonso há poucos minutos, chegar batendo de primeira para dar números finais à partida.
A segurança defensiva e os contra-ataques bem armados, marcas registradas de Diego Simeone, fizeram o Atlético de Madrid provar de seu próprio veneno. Mas também mostram a solidez que Tuchel deu ao Chelsea.
Desde sua estreia, contra os Wolves, o alemão já chega a 13 partidas com seu novo clube. Ao todo, foram apenas dois gols sofridos e 11 jogos sem ser vazado, incluindo os últimos seis em sequência e os dois encontros contra o Atlético de Madrid.
A segurança defensiva ainda faz com que Tuchel esteja invicto sob o comando dos Blues, batendo o recorde para um novo treinador no clube, e dá esperanças aos torcedores. Afinal de contas, foi jogando na defesa que o clube conquistou seu primeiro e único título de Liga dos Campeões.




