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GFX Bayern Munich Barcelona Real MadridGetty Composite

Como ser um superclube? As lições do Bayern que todo time deveria aprender

No PSG, Lionel Messi receberá cerca de 80 milhões de euros por ano. Isso só considerando o salário do argentino, um dos maiores do planeta.

Para o presidente do Bayern de Munique, Herbert Hainer, trata-se de um número absurdo, extraordinário. No sentido ruim das palavras. 

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"Eu ainda estou tentando entender como o salário de Messi pode se encaixar no Fair Play Financeiro," questionou o executivo de 67 anos ao podcast Bayern Insider, da SportBild.

"O PSG está se reforçando, mas nós estamos de olho para ver como isso vai funcionar de acordo com as regras da Uefa. Nós as cumprimos e esperamos que outras equipes também as cumpram."

"Eu não estou julgando o Paris Saint-Germain, mas sua política de contratações é estratrosférica, fora da realidade. Não são as transferências, são os salários."

"Quando eu ouço que Messi recebe 80 milhões por temporada, não sei o que imaginar. Achraf Hakimi, Sergio Ramos, Gianluigi Donnarumma - todos são jogadores muito caros."

E enquanto o PSG vai gastando quantias exorbitantes de dinheiro em contratações e em sua folha salarial, o Bayern de Munique vai conduzindo seus negócios silenciosamente, mas de maneira muito eficiente.

David Alaba deixou o clube de graça, após o Bayern não lhe conceder um aumento salarial, enquanto a dupla de ídolos Jerome Boateng e Javi Martinez também não receberam novas propostas.

GFX Robert Lewandowski 2021-22Getty

O CEO do Bayern, Oliver Kahn, justificou a saída de Alaba, afirmando que a pedida do austríaco estava fora da realidade. Pelo menos para o Bayern: o Real Madrid não teve medo de desembolsar tal quantia.

Segundo o jornal Der Spiegel, Alaba irá receber cerca de 115 milhões de euros em seus cinco anos no Santiago Bernabéu, incluindo 17,7 milhões em luvas pagas ao empresário do jogador, Pini Zahavi, ao seu pai, George Alaba, e ao próprio atleta.

Os campeões alemães não costumam ceder a demandas de jogadores da mesma forma que outros clubes, mas mesmo assim ainda conseguem manter um elenco de primeira linha - e ficando no azul no final da temporada.

Nesta semana, anunciaram os novos contratos de Joshua Kimmich e Leon Goretzka sem tanto alarde, mantendo um dos melhores meios de campo do planeta até, no mínimo, 2025.

E nessas negociações, o Bayern deixou a sua posição clara: estrelas podem até ganhar mais dinheiro em outros clubes, mas não irão disputar tantos títulos e alcançar seu melhor potencial fora da Baviera.

"Nós não iremos manter ninguém a qualquer custo." Hainer explicou, para a Kicker. "Mas os jogadores sabem o valor de atuar no Bayern, todos são muitos pagos, todos recebem seus salários."

"Eles sabem que ganharão títulos conosco, agora e no futuro."

Certamente, como a crise econômica causada pela pandemia provou, muitos clubes europeus hipotecaram seu futuro para obter sucesso imediato. Agora, estão pagando o preço.

O maior exemplo vem da Catalunha: a era de dominância do Barcelona no futebol espanhol parece ter chegado ao fim após anos e anos de movimentações erradas no mercado de transferências. Os Blaugranas estão com uma dívida que ultrapassa 1,2 bilhões de euros - R$ 7,3 bilhões, nas cotações atuais - , ao passo que gastam 74% do que arrecadam apenas pagando salários.

Como resultado, foram incapazes de registrar o novo vínculo com Lionel Messi, devido ao teto salarial da La Liga, tendo que deixar o maior jogador de sua história ir embora gratuitamente.

Leon Goretzka FC Bayern 0821Getty

Na verdade, a situação do Barcelona está tão ruim que a equipe até deve dinheiro em relação a jogadores que não fazem mais parte de seu elenco.

Arturo Vidal já está a algum tempo na Inter, mas o Bayern de Munique ainda precisa receber cerca de 11 milhões pela sua venda ao Barça em 2018.

Os catalães ainda precisam cortar mais 200 milhões de euros em sua folha salarial, mesmo após a saída de Messi.

É preciso apontar que enquanto o Barcelona perdeu o maior jogador de sua história, o Bayern conseguiu arrumar um jeito de manter seu ativo mais valioso, Robert Lewandowski, mesmo enquanto rumores apontavam que o polonês gostaria de ter um novo desafio para 2021-22.

De qualquer jeito, os bávaros não iriam vender sua grande estrela, não importando o tamanho da proposta, já que não precisam de dinheiro e podem se dar ao luxo de recusarem até as propostas mais vantajosas.

Mesmo assim, enquanto seguem tentando a contratação de Marcel Sabitzer, procuram antes negociar Corentin Tolisso ou Michael Cuisance para seguirem no azul.

Ao mesmo tempo, o novo treinador da equipe, Julian Nagelsmann, segue tendo em mente as limitações financeiras de sua equipe e trabalhando junto com a diretoria para reforçar o elenco de maneira prudente.

"Contratações? Vamos ver onde é necessário. Se tiver alguma coisa, iremos anunciar. Se não tiver, iremos trabalhar com o que temos," explicou a repórteres após a vitória de 3 a 2 sobre o Colônia.

E por mais que equipes como Borussia Dortmund, Borussia Monchengladbach, Bayer Leverkusen e RB Leipzig apresentem um bom desafio, tal administração prudente deve ser o necessário para que o Bayern saia novamente com o título de campeão alemão.

Isso acontece justamente devido ao planejamento do clube ao longo prazo. Você pode até ganhar mais dinheiro em outra equipe, mas não chegará à sua melhor forma ou conquistará o mesmo número de troféus.

Outros grandes clubes deveriam aprender tais lições com o Bayern de Munique.

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