"Estamos treinando nos jogos", foi a frase dita por Gabigol depois do empate em 1 a 1 com o Grêmio, na última quarta-feira (19), no Maracanã: o reflexo do que, de fato, que vem sendo praticado pelo Flamengo desde a chegada de Domènec Torrent, que chegou para ocupar a vaga deixada por Jorge Jesus. Em outra oportunidade, na derrota para o Atlético-GO, o catalão também ressaltou algo parecido, dizendo que o time estava em uma espécie de 'pré-temporada' neste início de trabalho.
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O Flamengo foi o primeiro time da Série A do Campeonato Brasileiro a voltar a treinar depois da paralisação por conta da pandemia. O Rubro-Negro liderou a elaboração de protocolos ao lado da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, faturou o Campeonato Carioca em meados de julho e tinha detalhado todos os passos até a estreia na competição nacional.
Alexandre Vidal/CRF
(Foto: Alexandre Vidal / Flamengo / Divulgação)
Tudo isso teve que ser modificado quando Jorge Jesus decidiu aceitar a proposta do Benfica e voltar a Portugal apenas um mês depois da renovação com o time carioca. O clube, que disputaria um torneio em Brasília para se manter em atividade até o início do Brasileirão, cancelou o evento, pois teve que redirecionar suas forças na busca de um novo treinador.
As conversas por renovações, como a do próprio Rafinha, que seria retomada depois da final do Carioca, deixou de ser prioridade, e foi mais uma vez adiada. Os atletas ganharam 11 dias de folga e quando voltaram, ainda sem treinador, fizeram atividades sob o comando de Mauricinho, técnico do time sub-20. Enquanto isso, Marcos Braz e Bruno Spindel estavam na Europa buscando o novo comandante.
Dome chegou ao Rio no dia 3 de agosto e teve uma semana para conhecer o elenco, a estrutura do CT, buscar informações sobre todo o processo que vinha sendo feito no clube e se preparar para a estreia no Campeonato Brasileiro, contra o Atlético-MG, no último dia 9.
CR Flamengo
(Foto: Alexandre Vidal / Flamengo / Divulgação)
De lá para cá, o catalão não teve uma semana livre para treinar. Foram quatro jogos em 11 dias. Em praticamente todas as coletivas, ele diz que precisa de tempo, não só ele como os próprios atletas, tempo para se ambientarem as mudanças e melhorarem fisicamente.
"Esses jogadores precisam de tempo, eu preciso de tempo. Nós treinamos pouco, jogamos cinco jogos em 15 dias e vamos jogar muito mais. Eu confio muito nesses jogadores. Mas precisamos de tempo, para estarmos melhores fisicamente, tecnicamente".
Apesar da equipe não estar no melhor momento físico, Torrent não tem utilizado as cinco substituições a que tem direito, por exemplo, um dos motivos é querer dar ritmo de jogo aos atletas que considera essenciais para o seu estilo de jogo. Gabigol e Bruno Henrique, por exemplo, têm a confiança de Dome, mesmo deixando a desejar desde o início do Brasileirão.
Depois do clássico contra o Botafogo, que acontece neste domingo (23), o Flamengo terá uma semana livre para treinar, voltando a campo apenas no outro domingo (30), contra o Santos, na Vila Belmiro.




