A saída de Lionel Messi do Barcelona já virou novela e pode virar até uma batalha judicial por um motivo: afinal, o argentino será obrigado a pagar 700 milhões de euros (quase R$ 4,5 bilhões na cotação atual) para deixar o Camp Nou antes do fim do contrato, em junho de 2021?
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O clube catalão diz que sim e pelo visto vai fazer jogo duro. O Barça até admite que havia uma cláusula no contrato atual do camisa 10, firmado em 2017, que o permitia sair livre ao fim da temporada 2019/2020. Mas o craque deveria ter ativado esta cláusula até 10 de junho.
Messi, como se sabe, só fez isso na última terça-feira (25), mas por entender que a temporada só acabou efetivamente dois dias antes, com os adiamentos provocados pela pandemia do novo coronavírus. Ao não se reapresentar ao clube neste domingo (30), como previsto, ele reforçou o entendimento de que ativou a cláusula e que não é mais funcionário do Barça.
Em notícia que repercutiu em toda a imprensa espanhola na noite de sábado (29), a rádio espanhola Cadena Ser "deu razão" a Messi: "o astro argentino conta com uma cláusula em seu contrato pela qual evitaria o pagamento da quantia de 700 milhões de euros se a ruptura for antes da última temporada".
E acrescenta: "em 2017, Messi firmou sua última renovação pela qual ampliava sua vinculação aos culés para três temporadas (2017/2018, 2018/2019 e 2019/2020), mais uma opcional, 2020/2021. Se rompesse o contrato antes da temporada opcional estaria obrigado a pagar a cláusula de 700 milhões de euros. No entanto, ao romper o contrato na temporada opcional, esta obrigação desaparece. Desta forma, essa cláusula não existe neste momento, já que não é aplicável se o jogador romper seu contrato com efeitos a partir da finalização da temporada 2019/2020. A data de finalização da temporada é o principal entrave na negociação Messi-Barcelona e pela qual pode se abrir uma batalha judicial".
Após a emissora divulgar estas informações, fontes do Barcelona disseram ao jornal local Mundo Deportivo que "o contrato de Messi é vigente nas mesmas condições, também quanto à cláusula de rescisão" e que "não há nenhuma cláusula que altere o valor da cláusula de rescisão, que é de 700 milhões de euros".
Neste domingo, o clube catalão ganhou o respaldo de La Liga. A entidade que rege o futebol espanhol afirmou em comunicado que Messi ou quem quiser levá-lo do Camp Nou vai ter que pagar os 700 milhões.
"O contrato está atualmente em vigor e possui uma cláusula de rescisão aplicável caso Lionel Andrés Messi decida pela rescisão unilateral antecipada do contrato, efetuada nos termos do artigo 16 do Real Decreto 1006/1985, de 26 de junho , que regulamenta a relação especial de trabalho de atletas profissionais", pontua La Liga.
"Em conformidade com os regulamentos aplicáveis, e seguindo o procedimento correspondente nestes casos, La Liga não realizará o procedimento de visto prévio para o jogador ser retirado da federação se este não tiver pago previamente o valor da referida cláusula", conclui.
De um lado Messi e seus advogados e do outro Barcelona e La Liga. Decidido a mudar de ares, o argentino ainda deseja encerrar a bela história de quase 20 anos no Camp Nou de forma amigável, mas, ao menos por ora, tudo indica que ele vai ter trabalho para trocar de clube. Enquanto isso, Manchester City, Paris Saint-Germain e outros estão atentos aos próximos capítulos desta novela.
