Tudo apontava para uma vitória do Chelsea no clássico contra o Arsenal. Mesmo jogando em casa, o time vermelho não vencia um jogo de Premier League desde 1 de novembro e chegou ao duelo com o técnico Mikel Arteta na corda bamba. Ainda assim, os Gunners venceram por 3 a 1 e mostraram que o trabalho de Frank Lampard à frente do Chelsea é decepcionante, mesmo em uma temporada de altíssimos investimentos dos Blues.
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Os 25 pontos que o Chelsea conquistou após o fim da rodada do Boxing Day representam o segundo pior início de temporada do clube nos últimos 10 anos. Apenas em 2015/16, o time londrino teve um início pior. Embora na temporada passada os números não sejam tão expressivos (29 pontos após o Boxing Day), deve-se entender que o contexto é bastante diferente.
Na campanha anterior, os Blues vinham de uma punição que proibia o clube de contratar jogadores por duas janelas de transferências. Com um elenco cheio de jovens e com Lampard em seu primeiro ano como técnico do clube, a equipe foi bem e no final da temporada conseguiu a classificação para a Champions League, surpreendendo muita gente.
Agora, porém, sem o banimento para contratar, o time de Frank Lampard é uma verdadeira decepção. O líder Liverpool está seis pontos à frente dos Blues e ainda tem um jogo a menos, portanto, a diferença pode aumentar para nove pontos.
Getty ImagesKai Havertz, o mais caro dos reforços talvez seja a maior das decepções (Foto: Getty Images)
Os números que o Chelsea gastou na atual temporada foram astronômicos em contratações. Foram 225 milhões de libras investidas (cerca de R$ 1.5 bilhão na cotação atual) na contratação de cinco jogadores, além de Thiago Silva, que chegou de graça, mas com um salário alto.
Entretanto, mesmo com nomes de peso e algumas promessas em seu plantel, o time parece não engrenar e não entregar o que se espera dele. Ao contrário, Lampard tem tido que contar com nomes menos badalados as pratas da casa Thammy Abraham, Mason Mount e o veterano Olivier Giroud.
A tentativa de criar um baque no mercado e alertar os times europeus do poderio financeiro - e potencialmente futebolístico - do Chelsea só deu certo até a página dois. Os Blues entram na maratona de fim ano com sérios problemas contra equipes de maior expressão da Inglaterra. Além disso, vê várias dessas estrelas não vingarem em campo até aqui, destacam-se especialmente o jovem Kai Havertz e Timo Werner.
Embora a classificação em primeiro lugar na fase de grupos da Liga dos Campeões tenha vindo com certa facilidade, em um grupo considerado tranquilo, Lampard já vê seu nome ser questionado como treinador e gerenciador de uma equipe de estrelas.
É sabido que a direção do Chelsea não se constrange em demitir treinadores, por mais prestigiados que sejam, por isso, se Lampard quiser continuar no cargo, precisará melhorar o desempenho da sua equipe, especialmente em jogos contra adversários de maior expressão.




