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Lionel Messi Barcelona 2020-21Getty Images

A engenharia financeira para Messi ficar no Barcelona

Lionel Messi ainda não renovou seu contrato com o Barcelona, que expirou em 30 de junho. Embora dentro do clube se adote uma postura tranquila, a realidade é que o Barça está lutando para encontrar uma maneira de incluir o salário do capitão no teto estipulado pela La Liga, que para o clube catalão é o mais baixo dos últimos anos.

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Para analisar os problemas do Barça com o contrato de Messi, a Goal falou com Marc Ciria, especialista em finanças, fundador da Diagonal Inversiones e especialista em números do Barcelona. Para o gestor, embora o principal problema seja o teto salarial e os feitos da última diretoria, presidida por Josep Maria Bartomeu, outro grande obstáculo é a inflexibilidade da La Liga, que prometeu dois anos de margem para os clubes se recuperarem após a pandemia de Covid-19.

"O Barça está tomando todas as medidas para trazer de volta a receita, mas se a LaLiga não for capaz de dar uma margem de oportunidade para renovar com um jogador como Messi, algo está deixando a dever em sua liderança. Enquanto a Uefa está olhando para o outro lado nestes tempos de pandemia, La Liga está ficando mais dura do que nunca", disse Ciria.

O gestor financeiro acredita que o teto salarial deste ano será "entre 350 e 400 milhões de euros" e que a receita do clube, que na temporada 2020-21 caiu de quase € 1 bilhão, como era previsto, para menos de € 700 milhões, vai voltar para cerca de € 900 milhões nas próximas temporadas. Por essa razão, para Ciria, a La Liga poderia dar algum tempo de margem de manobra aos clubes. "O Barça está tendo uma política ativa na redução de gastos. O Sr. [Javier] Tebas [presidente da La Liga] sabe que a renda passará de € 800 e o limite será próximo de € 500 milhões. A contratação de Messi será mais do que possível", disse ele.

Embora agora a presidência seja liderada por Joan Laporta e o problema seja com o novo presidente, Marc Ciria também quer lembrar de onde vem a crise que assola o clube. "O Barça cometeu a maior imprudência financeira da história moderna do clube. Viveu a crédito. Fez empréstimos de curto prazo para pagar salários de longo prazo. Quando a primeira curva falha, você não consegue mais cumprir as obrigações", explicou o especialista nas contas do clube catalão.

Para Ciria, o Barça e Messi têm que entrar em um consenso para a assinatura de um vínculo duradouro. O gestor financeiro acredita que o clube deve "estipular um contrato, primeiro como profissional e, depois de aposentado, como parte da alta gerência. O que quer que eles considerem. A partir daí, satisfazer as condições do teto salarial, algo que pode ser feito de mil maneiras", disse. 

"Pode pagar muito pouco agora e, no final do contrato, os 80% restantes. Também pode pagar € 20 milhões durante seus dois anos como profissional e uma vez que ele retornar como executivo, lhe pagar mais. A única coisa que se tem que fazer é que o contrato se encaixe dentro do limite e se adapte às necessidades de Messi, tanto em sua carreira como atleta, como em sua carreira como representante do clube", completou Ciria, com soluções para que o argentino siga no clube em que atua há 20 anos.

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