Philippe Coutinho HIC 2-1Getty/GOAL

A ascensão e queda de Philippe Coutinho

Enquanto o Liverpool se prepara para se despedir de Roberto Firmino, brasileiro que marcou época na geração Klopp, é impossível não imaginar o que poderia ter sido da carreira de seu compatriota Philippe Coutinho.

De jogador mais caro da história em certo ponto até "esquecido" no Aston Villa, é difícil explicar o que exatamente aconteceu de errado na jornada do talentoso meia atacante, que deixou o Vasco da Gama ainda jovem em direção à Europa.

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O divórcio traumático com o Liverpool

Quando Coutinho deixou o Liverpool a caminho do Barcelona, em 2018, o acordo parecia ótimo para todas as partes. O Barça poderia contar com todo o talento do brasileiro para preparar terreno para a eventual partida de Iniesta, Coutinho realizaria seu sonho de criança de defender a equipe catalã e o Liverpool receberia a bolada de quase 150 milhões de libras, a maior da história até então.

Uma misteriosa lesão nas costas à época "azedou" o clima entre Coutinho, o Liverpool e a torcida. A vontade aberta do brasileiro de abandonar a equipe o transformou em persona non-grata entre os fãs.

O sonho que virou pesadelo em Barcelona

Os livros de história vão dizer que Coutinho venceu duas La Ligas e uma Copa do Rei com o Barcelona, mas o legado do brasileiro no clube culé não é exatamente impactante como pode parecer.

No total foram 106 partidas, com apenas 70 delas como titular, e 28 gols marcados. Números decentes, mas que são pequenos quando consideramos o tamanho da expectativa criada pela chegada de Coutinho ao clube.

O desvio para Munique

Os quatro anos de Coutinho no Barcelona foram pontuados por um empréstimo ao Bayern de Munique. Na teoria, o brasileiro até conquistou uma Champions League com o clube alemão, mas assim como na Espanha, sua passagem significou pouco.

O feito mais marcante foram os dois gols marcados contra o seu "ex-clube", Barcelona, no mata-mata da Champions League, que deixou os espanhóis humilhados com um 8 a 2 no placar agregado.

Em busca de consistência

Quando chegou ao Aston Villa, aos 29 anos de idade, Coutinho era visto como um jogador relativamente jovem, que ainda tinha muita lenha para queimar. O início da jornada foi empolgante, com ótimas participações do brasileiro, que rapidamente caiu nas graças da torcida.

Desde a saída de Steven Gerrard em outubro e estreia de Unai Emery, o meia pouco tem sido utilizado, ficando limitado ao banco de reservas e eventuais participações no segundo tempo. As constantes lesões também afetam a sequência do jogador.

O que o futuro reserva?

Com 31 anos por completar no próximo mês de junho, Coutinho certamente ainda tem condições de se recuperar e voltar a ser um jogador de alto impacto. Com a promessa de novas contratações para reforçar o esquadrão de Emery, é provável que o brasileiro termine descartado.

A pergunta é, para onde vai Coutinho? Ainda há possibilidade de brilhar em uma equipe das maiores ligas europeias, ou seria melhor optar por mercados secundários? O Brasil pode ser o destino ideal? Só o tempo dirá.

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