Português mais caro da história do futebol, tendo custado 126 milhões ao Atlético de Madrid, João Félix está de volta ao país de origem para, quem sabe, começar a deslanchar. Tem na final a 8 da Liga dos Campeões, em Lisboa, uma cidade que conhece muito bem, o palco ideal para justificar o alto investimento feito pelo clube espanhol no ano passado.
Sem o argentino Ángel Correa, infectado com a Covid-19, o atacante português é o favorito para ser o titular no ataque diante do RB Leipzig, nesta quinta-feira, em jogo único das quartas de final, em Alvalade. Hora então de evidenciar os “elementos” que colocam o “prodígio luso” num patamar acima dos outros: poder de decisão e responsabilidade em momentos de tensão.
“Acredito, e penso assim desde o primeiro dia, que o João vai sempre ser importante. Conhecemos bem a ideia de jogo coletiva e coordenada do Diego Simeone, e conhecemos igualmente qual é a importância que o treinador coloca na atitude agressiva e intensa dos jogadores. O João tem todos estes elementos, e ainda mais dois que poucos jogadores no mundo têm: a capacidade criativa e talentosa para decidir e também a responsabilidade para assumir o jogo nos momentos de tensão”, destacou João Tralhão, que durante várias temporadas trabalhou como treinador do agora camisa 7 dos colchoneros nas categorias de base do Benfica, em entrevista à Goal.
“Apesar de ter que ser o coletivo a afirmar-se, acredito que o João Félix sem dúvida vai ser um jogador importante nesta fase final de Champions”, completou.
Natural de Viseu, o atacante português fez boa parte da formação nos encarnados, onde tornou-se profissional e rapidamente acabou por ser decisivo no último título nacional, em 2018/19 - mesmo ainda muito jovem, com apenas 19 anos, foi o grande líder de uma experiente equipe, que contava com nomes experientes, como os brasileiros Luisão e Jonas e o compatriota Pizzi.
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“É um garoto que é altamente diferenciado pela qualidades técnica, sobretudo os excepcionais atributos cognitivos e emocionais. Estou convicto que o foco dele continua no essencial, que é trabalhar para ajudar a equipe e, claro, continuar o próprio percurso na direção de um nível diferenciado no futebol mundial. Está numa liga diferente, num contexto diferente e ainda tem somente 20 anos. Todos estes elementos juntos são a razão pela qual, na sua adaptação a esta nova realidade, têm aparecido pontualmente algumas lesões. A tendência natural é que a consistência da utilização dele em competição e treino permita-lhe globalmente adaptar-se e crescer para outro nível”, finalizou Tralhão.
De olho no título inédito da Liga dos Campeões, o Atlético de Madrid, com uma vitória logo mais frente ao RB Leizpig, já sabe que vai ter pela frente na semifinal o PSG, que eliminou a Atalanta. Do outro lado do chaveamento, Manchester City x Lyon e Barcelona x Bayern de Munique ainda precisam duelar nas quartas de final.




