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"Se tiver que ser punido por protestar, que seja": McKennie, do Schalke, e a luta contra o racismo

Em meio a partida entre Schalke 04 e Werder Bremen, um ato corajoso chamou a atenção: o jovem americano Weston McKennie, que defende os Die Knappen, entrou em campo com uma braçadeira com apelo político, pedindo justiça em relação a morte de George Floyd, homem negro assassinado de maneira brutal pela polícia de Minneapolis, no Estados Unidos.

A morte de Floyd desencadeou uma onda de protestos, que começou na própria cidade de Minneapolis e já percorre pelo mundo, pedindo o fim da violência policial e do racismo.

Assim como Jadon Sancho, Achraf Hakimi e Marcus Thuram, outros atletas que também fizeram apelos dentro de campo em solidariedade a causa 'Vidas Negras Importam', McKennie poderia acabar punido por, em tese, realizar protestos políticos em partidas da Bundesliga.

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A notícia de que os jogadores poderiam sofrer sanções da DFB, entidade que organiza a competição, gerou indignação, visto que os atletas estavam protestando por uma causa mais do que nobre e importante nos dias atuais. A possível decisão repercutiu e até a Fifa comunicou que nenhum dos quatro deveria ser punido.

Nesta quarta-feira (3), a Federação Alemã de Futebol publicou uma nota afirmando que não irá aplicar punições a Sancho, Hakimi, Thuram e McKennie, reforçando o compromisso da entidade a lutar contra o racismo e a discriminação. No entanto, mesmo que as sanções fossem aplicadas, o atleta do Schalke 04 não pretendia voltar atrás.

"Continuarei prestando homenagem a George Floyd. Se eu tenho que ser punido por falar o que penso, defender aquilo em que acredito, que seja." declarou McKennie em entrevista concedida a Forbes.

O jogador, nascido na cidade de Fort Lewis, nos Estados Unidos, também afirmou que estava incrédulo quanto a possível punição. "O árbitro pediu para eu retirar a braçadeira. Me recusei. Há uma regra no campeonato sobre não levar mensagens políticas, mas se você achar que isso é uma mensagem político, não sei o que dizer. A Liga sempre prega: 'diga não ao racismo.' Nunca ia imaginar que isso poderia ser um problema."

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