Fernando Diniz São Paulo Brasileirão 22 11 2020Rubens Chiri / saopaulofc.net

São Paulo demite Fernando Diniz após série de derrotas e vexames na temporada

Fernando Diniz não é mais o treinador do São Paulo. A saída do treinador foi definida nesta segunda-feira (1 de fevereiro) após reunião do departamento de futebol com o presidente Julio Casares. Ficou definida também a saída de Raí da diretoria do clube. Rui Costa, que assumiria apenas após o término da temporada 2020, assume o cargo de diretor-executivo imediatamente. Além dos dois, outros três profissionais também deixam o clube.

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Com a saída de Diniz já certa, o São Paulo volta suas atenções aos possíveis substitutos. Segundo apuração da Goal, a equipe do Morumbi pode depender da definição do Internacional sobre a comissão técnica colorada para a temporada 2021. Miguel Ángel Ramírez, apalavrado com o Inter, e Abel Braga, atual treinador do líder do Brasileirão, estão na pauta do Tricolor Paulista. Um treinador interino deve dirigir o Tricolor até o fim da campanha de 2020.

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Goal também apurou que o São Paulo tem a intenção de priorizar um nome estrangeiro para assumir o comando do time e fez uma sondagem pelo português Vítor Pereira, para conhecer os moldes e os valores de uma eventual negociação. Livre desde que deixou o Shanghai SIPG, da China, o técnico de 52 anos já passou por Porto, Olympiacos e Fenerbahce.

O treinador foi contratado em 26 de setembro de 2019 para o lugar de Cuca, com a expectativa de fazer o elenco tricolor render mais e conquistar títulos. No entanto, os 16 meses de trabalho de Diniz renderam mais dores de cabeças ao torcedor são paulino do que alegrias.

Após 75 jogos, com 34 triunfos, 21 empates e 20 derrotas (aproveitamento de 54,6%), Diniz deixa o comando do time após mais de um mês sem vitórias. Sem vencer em 2021, a última partida que o Tricolor conseguiu os três pontos foi em 26 de dezembro de 2020, ao derrotar o Fluminense por 2 a 1. O último jogo do treinaor no comando do time foi a derrota por 2 a 1 contra o Atlético-GO.

Diniz acumulou vexames no comando do São Paulo. Antes mesmo da pandemia do coronavírus, o Tricolor foi derrotado pelo inexpressivo Binacional por 2 a 1. Após o retorno das competições, a primeira grande decepção em 2020 aconteceu na derrota por 3 a 2 para o Mirassol, nas quarta de final do Paulistão.

Fernando Diniz São Paulo 2 River Plate 2 Libertadores 2020Staff Images / CONMEBOL

Na sequência da temporada, a eliminação precoce na fase de grupos da Libertadores e na Copa Sul-Americana fez o treinador balançar no comando. Diniz foi bancado por Raí e o então presidente Leco. A permanência do treinador parecia acertada pois o Tricolor embalou uma boa sequência de resultados positivos no Brasileirão e na Copa do Brasil.

O bom momento do São Paulo terminou na semifinal do mata-mata nacional. Eliminado pelo Grêmio na véspera da virada de ano, o Tricolor ainda tinha a vantagem de sete pontos na liderança do Brasileirão para tentar acabar com a seca de títulos. Em janeiro de 2021, no entanto, está vantagem foi dizimada e Diniz deixa o cargo com o São Paulo na quarta colocação, com sete pontos atrás do líder Internacional.

Nesta atual sequência negativa, o Tricolor perdeu por 4 a 2 para o Red Bull Bragantino, jogo marcado por xingamentos exagerados de Diniz a Tchê Tchê. Outra derrota emblemática foi a goleada do Internacional por 5 a 1 em pleno Morumbi, maior derrota do São Paulo em sua casa.

Nas últimas semanas, Fernando Diniz foi alvo de protestos de torcedores no CT da Barra Funda. Mesmo com os resultados ruins ao longo da temporada, o que sustentou o treinador até o momento de sua demissão foi a confiança dos atletas em seu trabalho.

Além de Diniz e Rai, o preparador físico Wagner Bertelli e os auxiliares Marcio Araújo e Eduardo Zuma, que chegaram ao clube junto com o treinador, também tiveram suas saídas definidas na reunião. 

Restam cinco jogos para o São Paulo no fim do Campeonato Brasileiro e o Tricolor ainda tenta salvar esse torneio com uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores. O próximo desafio da equipe é no dia 10 de fevereiro contra o Ceará, no Morumbi.

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