Nesta quarta-feira (11), o Santos pediu à CBF o adiamento da partida contra o Internacional, válida pela 21ª rodada do Brasileirão, marcada para acontecer no próximo sábado, às 16h30 (de Brasília). A informação foi confirmada por Felipe Ximenes, superintendente de esportes do Peixe, após dez jogadores do clube contraírem a Covid-19. Mesmo assim, o dirigente não tem muitas esperanças de o jogo seja de fato adiado, e outros casos no passado contribuem para isso.
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Ao longo desta semana, o Santos teve diversos jogadores e membros do clube diagnosticados com o novo coronavírus. Então, na noite desta terça-feira (10), o clube confirmou 10 jogadores contaminados, além de integrantes da comissão técnica, como Cuca e seus auxiliares Cuquinha e Eudes Pedro.
Com isso, o Peixe terá apenas 17 atletas disponíveis para o duelo, levando em conta outras ausências, como a de Soteldo, convocado para a seleção da Venezuela. A partir disso, o clube fez à CBF um pedido de adiamento para o duelo contra o Internacional, no próximo sábado.
“Fizemos a solicitação (para adiamento do jogo), mas ainda não obtivemos resposta”, confirmou Felipe Ximenes, em entrevista coletiva virtual convocada pelo clube, na manhã desta quarta-feira.
Casos anteriores não dão esperanças
Ivan Storti/Santos FCFoto: Ivan Storti/Santos FC
No mês de setembro, um surto de Covid-19 também pegou o Flamengo de surpresa, contaminando um total de 19 jogadores, além de membros da comissão técnica, incluindo o então treinador Domènec Torrent. Com isso, o Rubro-Negro entrou com o pedido de adiamento do duelo diante do Palmeiras, marcado para o final daquele mês, alegando “prejuízo técnico”. Mesmo assim, a partida não foi adiada.
“Quando um clube tem os seus infectados, ele separa (os jogadores) e continua jogando. A não ser que não tenha plantel mínimo para poder entrar em campo e fazer a substituição. Então deve acontecer o jogo”, explicou na época Walter Feldman, secretário-geral da CBF, à Rádio Bandeirantes.
Além disso, o protocolo da CBF prevê que os resultados de testes para o novo coronavírus sejam enviados à entidade até 24h antes da partida pelo clube mandante, e até 12h antes da viagem pelo clube visitante, o que permitirá que qualquer equipe troque eventuais jogadores contaminados, o que aconteceu com o Flamengo. Com disso, o Santos também acredita que a decisão da entidade seja a mesma tomada anteriormente.
“Todos os presidentes de clubes assinaram, antes do reinício do futebol, um número mínimo de atletas para entrar em campo. Em Palmeiras x Flamengo foi assim, por exemplo. Acreditamos que o adiamento seja muito pouco provável”, completou Felipe Ximenes.
Outros exemplos reforçam essa teoria. Na Série D, a partida entre Villa Nova e Palmas, aconteceu mesmo com os oito casos de Covid-19 confirmados nos visitantes, que com isso, puderam relacionar apenas 13 jogadores para a partida.
Enquanto isso, o Imperatriz teve seu jogo contra o Treze adiado, mas com 12 infectados entre os 19 jogadores inscritos na Série D. O Guarany de Sobral também teve sua partida diante do Salgueiro adiada, quando contava com apenas nove atletas disponíveis entre 24 inscritos. Casos ainda bem diferentes da situação atual do Santos.