Os jogadores da seleção brasileira acabaram não tomando a vacina contra Covid-19, disponibilizada pela Conmebol. O imunizante seria aplicado no Paraguai, na sede da entidade sul-americana, após o jogo das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.
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Além dos três pontos, a expectativa da CBF era de que a seleção brasileira voltasse do Paraguai com a primeira dose da vacina da Sinovac contra a Covid-19, mesma recebida pelo Atlético-GO. O plano, porém, acabou não dando certo.
A vacinação contra Covid-19 não é obrigatória para os participantes da Copa América, no entanto, a Conmebol, que recebeu um lote do imunizante da farmacêutica Sinovac Biontech, disponibilizou vacinas para jogadores e funcionários envolvidos no futebol sul-americano. O plano da CBF era aceitar a proposta, mas, por questões logísticas, acabou desistindo.
Por que a seleção brasileira não se vacinou contra a Covid-19?
Lucas Figueiredo/CBFApesar da disponibilidade da vacina da Conmebol, a seleção brasileira voltou do Paraguai sem estar imunizada contra a Covid-19. Isso porque havia incertezas sobre a possibilidade de tomar a segunda dose no tempo certo.
A segunda dose da vacina da Sinovac deve ser tomada 28 dias depois da primeira, ou seja, a seleção deveria receber no começo de julho. No entanto, questões logísticas fizeram a CBF decidir não arriscar "desperdiçar" a imunização sem completá-la.
A CBF não sabia se conseguiria fazer com que as segundas doses fossem aplicadas no momento certo, já que isso não poderia ser feito no Brasil, onde, segundo a lei vigente, todas as vacinas que entram no país sejam confiscadas e entregues ao Sistema Único de Saúde.
Na esperança de conseguir aceitar a vacina da Conmebol, a CBF se reuniu com o Ministério da Saúde na esperança de receber uma autorização para importar as vacinas necessárias, mas não conseguiu. O médico da seleção, Rodrigo Lasmar, esperou até o último instante, nesta terça-feira (8), mas não recebeu o aval.
Antes disso, a CBF teve a esperança de que, assim como aconteceu com a delegação dos Jogos Olímpicos, o grupo da seleção fosse incluído no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização e houvesse autorização para a importação das vacinas. O que também não aconteceu.
Outra coisa que pesou contra foi o fato de que, em breve, os jogadores estarão de volta aos seus países de residência, onde poderia haver um conflito de marcas de vacina.
Vale lembrar que alguns atletas já foram vacinados, como é o caso da dupla do PSG, Neymar e Marquinhos, que receberam o imunizante ainda na França, antes de se apresentarem à seleção. O técnico Tite também recebeu a vacina no Rio de Janeiro, como parte do grupo prioritário.