Sandro Rosell Neymar Josep Maria Bartomeu BarcelonaGetty Images

Neymar vai a julgamento por suposta fraude no Barcelona; promotoria pede dois anos de prisão

Neymar, atacante do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira, será julgado no Tribunal Provincial da Catalunha em outubro, com os ex-presidentes do Barcelona, Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, por supostas irregularidades na assinatura do contrato com a equipe, em 2013.

Segundo a Agência EFE, o julgamento deve acontecer entre 17 a 31 de outubro, com a promotoria pedindo a prisão de dois anos e multa de 10 milhões de euros (cerca de R$ 54 milhões) ao brasileiro. Além disso, no banco de réus, estarão também seus pais, além de um ex-diretor do Santos, time do qual o jogador foi comprado.

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O caso está em andamento desde 2015, data em que o grupo DIS, empresa que gerencia carreiras de atletas no futebol, ajuizou ação contra Neymar, Rosell, Bartomeu, Barcelona, Santos e os pais do jogador por se sentir prejudicada na negociação entre o jogador e o clube espanhol.

Na época, a companhia era proprietária de 40% dos direitos federativos de Neymar e considerou que o preço da transferência - acordado em 2011- foi muito superior aos números oficiais que ambos os clubes divulgaram. Segundo o Barcelona e Santos, a contratação foi fechada em 17,1 milhões de euros, mas o pagamento de 7,9 milhões de euros ao clube brasileiro pelos direitos preferenciais de três jovens jogadores e outros 40 milhões pagos à empresa N&N, de propriedade do jogador de futebol e seu pai, levantou as suspeitas da empresa, processando por fraude e corrupção os envolvidos.

Além disso, a DIS considera que foi vítima de um "golpe" por Neymar e pelo Barcelona, solicitando uma indenização de 150 milhões de euros (aproximadamente R$ 815 milhões). Dessa forma, sete anos após a denúncia, o Tribunal Provincial julgará o caso em sete sessões em outubro.

Para Bartomeu, ex-presidente do Barcelona, o Ministério Público não pede prisão, entendendo que na altura - sendo vice-presidente - não conhecia os detalhes da operação. No entanto, a DIS pede oito anos de prisão para o ex-presidente e, ainda, cinco anos de prisão para os pais do jogador. O Ministério Público, por sua vez, pede dois anos para o pai do jogador e um para a mãe.

Vale lembrar que este é o segundo julgamento que as partes enfrentarão pela contratação do atacante pelo Barça. Na primeira, encerrada em 2016, foram investigados os 40 milhões pagos à N&N. Na época, concluiu-se que fazia parte do salário do jogador.

Por não tê-los tributado como salário na Espanha, Rosell, Bartomeu e o próprio Barcelona foram acusados ​​de crime fiscal. Antes do início do julgamento, o Ministério Público e os réus chegaram a um acordo: o Barça foi declarado culpado e foi obrigado a pagar 5,5 milhões de euros, enquanto Rosell e Bartomeu foram exonerados.

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