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Messi Argentina Panamá 23 03 2023Getty Images

Messi e Argentina resistiram às tentações e agora celebram o maior do futebol

Amistosos de seleções não costumam movimentar grandes emoções no futebol do Século XXI. Ao menos quando falamos sob o ponto de vista dos grandes times. O jogo entre Argentina e Panamá entra como exceção aí. Tudo bem que a partida, vencida pelos atuais campeões do mundo por 2 a 0, foi um mero detalhe, um bônus, mas o repaginado Monumental de Nuñez, o novo maior estádio do continente, foi palco para uma verdadeira festa. Uma festa movida pela sensação de gratidão, amor e felicidade.

Foi o primeiro jogo da Argentina desde o título mundial conquistado, nos pênaltis, sobre a França, no Qatar. Lionel Messi, grande protagonista do Tri, já havia sentido o carinho de seus compatriotas nas efervescentes celebrações que tomaram as ruas de Buenos Aires em dezembro de 2022, mas este novo retorno ao seu país natal mostrou que valeu a pena ter resistido todas as tentações que poderiam lhe ter levado a um caminho completamente diferente, de afastamento da Argentina. Hoje, pela primeira vez em sua história, Messi é mais amado pelo que faz em sua seleção do que pelos torcedores de seu clube.

Se a torcida do PSG lhe trata com vaias na Europa, aqui na América do Sul uma multidão de argentinos se aglomerou na frente de um restaurante apenas porque Messi estava lá. O jejum intermitente de amor entre torcida e o camisa 10, em meio às seguidas decepções do passado, se encerrou com o título da Copa América sobre o Brasil, no Maracanã, em 2021, e virou de vez um banquete afetivo depois do que aconteceu no Qatar. As cenas dentro do Monumental de Núñez (antes, durante e depois de a bola rolar contra os panamenhos) também demonstraram o carinho da Argentina para Messi e de Lionel para os argentinos – com direito até a conversinha fiada na hora de bater escanteio.

Lionel Messi Hijos Argentina Panama 23032023Getty Images

Lionel Messi deixou a Argentina quando tinha 13 anos. Passou toda a adolescência e a maior parte de sua vida adulta em Barcelona e, em inúmeras vezes, tentaram fazer com que ele optasse pela naturalização espanhola e pela seleção do país ibérico. Decidido desde sempre, Messi recusou todas as investidas pelo sonho de representar a seleção argentina.

As seguidas decepções esportivas, algumas delas enquanto a Espanha conquistava os seus maiores títulos entre 2008 e 2012, o fizeram repensar a parceria com a Albiceleste e Lionel chegou a anunciar aposentadoria do selecionado, após a derrota para o Chile na final da Copa América de 2016. Acabou mudando de ideia. E após resistir a várias tentações, Messi e os argentinos puderam, enfim, viver o que há de melhor e maior no futebol: a felicidade e a sensação de gratidão eterna que um grande título, como o da Copa do Mundo, lhe entrega. Messi ainda fez um golaço de falta, o tento de número 800 em sua carreira. Cenas de um final feliz.

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