Líder do Brasileirão e com apenas quatro jogos a serem disputados, o Internacional sonha em acabar com o seu mais longo jejum. A última vez que os colorados foram campeões da primeira divisão foi no histórico título invicto de 1979. Desde então, conseguiram correr atrás das suas maiores obsessões pelo caminho – a Libertadores e o Mundial – até voltarem o foco completamente para uma nova/antiga obsessão: a taça do Campeonato Brasileiro.
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Poucos esperavam, contudo, que isso aconteceria nesta temporada 2020 (/21). Eduardo Coudet, contudo, conseguiu montar um time vencedor que estava na liderança quando o treinador surpreendeu ao anunciar sua saída para o Celta de Vigo, da Espanha. Mais surpreendente ainda foi o que Abel Braga, sucessor de Coudet em um clube que ele conhece tão bem, conseguiu fazer. Visto por muitos como alguém ultrapassado e praticamente acabado para a função, Abelão fez o Inter emplacar a maior sequência de vitórias já vista no Brasileirão de pontos corridos – nove triunfos, superando o Flamengo de 2019 treinado por Jorge Jesus. O título está bem perto.
O Internacional pode até garantir matematicamente a conquista do brasileiro neste domingo: precisa vencer Sport Recife, quarta-feira (10), e Vasco no domingo (14), e torcer ainda para combinações de resultados envolvendo seus perseguidores – Flamengo, Atlético Mineiro e até mesmo o São Paulo. Tamanha proximidade para quebrar um jejum tão grande pode acabar gerando, tanto no elenco quanto na torcida, ansiedade. Algo perfeitamente normal.
“A gente se pega fazendo contas, mas de nada adianta se não fizermos nossa parte. A gente sabe que temos que fazer nossa parte dentro de campo, lutar e batalhar por cada bola para conquistar os três pontos. É isso que o professor Abel vem passando e procuramos passar tranquilidade para o outro para trabalhar e buscar o objetivo”, disse ao Canal do Inter o meio-campista Edenílson, um dos destaques da equipe colorada.
Quando o Inter “bateu na trave”
Depois do título conquistado de forma invicta em 1979, o Internacional esteve muito próximo de conquistar o Brasileirão em outras três ocasiões: foi vice em 2009, 2005 e em 1988. Abel Braga, inclusive, era o técnico colorado neste último caso, quando os gaúchos foram derrotados pelo Bahia na finalíssima.
Ansiedade é um fator, mas tabela é difícil
Ricardo Duarte/SC Internacional(Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional)
Edenílson foi certeiro quando falou sobre a obrigação do Inter fazer sua parte. Os três próximos jogos serão, além de decisivos, extremamente difíceis: Sport e Vasco da Gama estão na dura batalha contra o rebaixamento, uma realidade que muitas vezes faz os times da parte de baixo da tabela arrancarem forças de onde não se esperava para somar pontos contra quem luta por título. E em 21 de fevereiro a penúltima rodada reserva, no Maracanã, praticamente uma final contra o Flamengo.
Apesar da sequência de 12 jogos sem derrotas, o Internacional tem conseguido seus resultados muitas vezes jogando no limite e contando com defesas salvadoras de Marcelo Lomba. Apesar de não ser o time que passava por cima de todos em 2019, mostrando também certa irregularidade e muitas vezes desperdiçando chances preciosas, hoje o Flamengo é quem joga o melhor futebol do Brasil. O desafio será gigante.
A ansiedade para voltar a ser campeão brasileiro é um dos adversários que o Inter precisa vencer, mas está longe de ser o maior ou o único.
