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Gustagol revela lesão escondida no Corinthians e não pensa em voltar agora ao Brasil

Autor de 12 gols em 30 partidas com a camisa do Jeonbuk Motors, na Coreia do Sul, Gustagol está à vontade no continente asiático. E o mesmo pode ser dito sobre a sua família. Em entrevista para a Goal, o atacante diz que esposa não quer retornar ao Brasil justamente por insegurança de episódios de violência como o da Ponte Preta, embora receba mensagens positivas de corintianos: "Sinal que algo de bom fiz"

Gustagol disse receber mensagens carinhosas de torcedores do Corinthians com pedidos para voltar ao Brasil, mas o atacante tem como plano agora cumprir seu contrato no Jeonbuk Motors, da Coreia do Sul, até 2023. 

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"Graças a Deus recebo muita mensagem de carinho de torcedor corintiano pedindo para eu voltar. Sinal que algo de bom eu fiz na minha segunda passagem. Fico muito feliz pelo carinho tanto do torcedor do Corinthians quanto do Fortaleza".

Gustavo (Gustagol) lamenta chance perdida pelo CorinthiansMiguel Schincariol/Getty ImagesGustagol continua sendo querido por parte da torcida do Corinthians (FOTO: Getty Images)

Um dos motivos para não pensar em retornar ao país é a insegurança da esposa com a violência no país, como por exemplo no apedrejamento do ônibus da Ponte Preta na saída do estádio Moisés Lucarelli.

"Ela não quer voltar justamente por isso. Além do nosso país infelizmente ser perigoso de se viver, ainda têm mais essas situações. Muitas vezes você não tem paz no trabalho. Não penso em voltar para o Brasil ainda. Penso em ficar, mas não sabemos do futuro", disse Gustagol, em entrevista exclusiva a Goal.

"Tenho um parceiro na Ponte, o Niltinho, e vi a postagem que fez. Não sei até quando isso vai acontecer no Brasil. A torcida protestar é uma coisa. Agora, querer agredir e estragar patrimônio do clube. Se for parar pra ver é só prejuízo pro clube. Eles falam que pagam ingresso, ok, por isso vai destruir o patrimônio do clube? Isso deveria acabar. O torcedor deveria pensar antes de fazer essas besteiras", disse.

Em sua segunda temporada na Coreia do Sul, Gustagol contou viver com tranquilidade e sem a pressão do futebol brasileiro. A escolha de ir para o país, em 2020, em meio à pandemia, se deu pela incerteza do calendário nacional.

"Aqui está tudo funcionando e não tem aquela pressão aí do Brasil, de torcedor ficar enchendo saco e falando um monte de m... para você".

"Quando entramos em campo não pensamos "Não estou nem aí, vou errar esse passe, não vou fazer gol". O atleta fica mais triste que o torcedor se for parar para ver depois de uma derrota, porque sentimos quando não fazemos uma boa partida e ficamos chateados. As vezes o torcedor não entende isso. Muitas vezes acha que perdemos e não estamos nem aí para nada, acham que só eles sentem a dor da derrota. A gente fica muito chateado, muito p... quando perde".

Na primeira temporada na Coreia do Sul, em 2020, Gustagol marcou 11 vezes em 21 jogos. Neste ano, ele relatou mudança na comissão técnica do Jeonbuk Motors e dificuldade para jogar em meio ao rodízio no elenco.

Gustavo, o GustagolGetty ImagesGustagol em ação pelo Jeonbuk (FOTO: Getty Images)

Antes de sair para o futebol do exterior, Gustagol fez sua última grande temporada no Brasil pelo Corinthians, em 2019, com 14 gols em 53 jogos e um título do Paulistão sob o comando do técnico Fabio Carille, a quem o centroavante é grato e põe ao lado de Rogério Ceni como seu melhor treinador da carreira. 

Naquele ano, Gustagol revelou ter escondido uma dor que depois se tornou uma lesão e o afastou dos gramados.

"Estava muito bem no Corinthians até a minha primeira lesão que o Carille me colocou contra o São Caetano. Tomei uma entrada criminosa e o zagueiro não tomou nem cartão. Fiquei uns jogos fora, voltei contra a Ferroviária nas quartas de final do Paulista, fiz o gol de empate  e depois senti um desconforto muscular. Só que estávamos num momento importante, tudo indo bem e eu escondi isso. Só eu sabia. Não sabia se estava lesionado ou não. Tinha uma dorzinha, mas dava para treinar e eu continuava achando que não era nada. Depois, fomos campeões, fiz exame e tinha uma lesão na parte da frente da coxa que me tirou (do campo) por muito tempo. Isso interrompeu minha boa sequência", contou. 

"Pensando hoje, sim (errou em esconder). Sempre que sinto dor penso nessa situação. 'Putz, e agora?' Hoje, com mais cabeça, eu falo o que estou sentindo e converso com os fisioterapeutas. 'E aí, dá para ir?' Se tivesse tido essa cabeça no Corinthians dava para prevenir e não deixar se agravar".

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