Os mais de 20 anos de futebol profissional de Pepe Reina não significaram nada: depois de anunciar nesta última semana que tinha recebido resultado positivo para o coronavírus Covid-19, o goleiro espanhol detalhou, em entrevista concedida ao The Guardian, sua luta contra o vírus.
Atualmente no Aston Villa, o jogador confirmou, entre outras coisas, que não sai de sua casa fazem 18 dias e que passou os seis primeiros dias de quarentena trancado no quarto. Mas o que deixou todos chocados mesmo foi seu relato de como o vírus o afetou.
"Eu me isolei após sentir os primeiros sintomas do coronavírus: febre, boca seca, dor de cabeça, o sentimento de exaustão...o momento mais difícil para mim foi quando eu não conseguia respirar." declarou Reina.
"Por quase 25 minutos, eu estava sem oxigênio. Foi aterrorizante, o pior momento da minha vida. Eu sentia como se minha garganta estivesse trancada. Não tinha oxigênio, estava com muito medo." continuou.
Depois de relatos como este, fica mais claro do que nunca: não é possível ter futebol em meio à crise. Por esta razão, fica improvável de que a Premier League realmente retorne no dia 29 de abril, data previamente determinada pela FA, entidade que controla o futebol inglês.
O plano da federação é que o Campeonato Inglês volte em maio, em um esquema diferente: os números de staff e de jornalistas seria reduzido ao máximo. Assim, o conflito entre aqueles que pensam em decretar a temporada como cancelada x aqueles que querem dar o título ao Liverpool terminaria.
Seja qual for a decisão, esperamos que Reina e todos aqueles afetados pelo coronavírus tenham uma recuperação rápida. Afinal de contas, não é só futebol.
