A pandemia do coronavírus tem impactado diretamente no Flamengo, um dos clubes financeiramente mais bem estruturados no futebol brasileiro. Nesta semana, o Rubro-Negro, que não recebeu a primeira parcela do pagamento anual da Adidas e teve o contrato com o Azeite Royal - um de seus patrocionadores - rescindido, recerrou a uma linha de crédito bancário pré-aprovado de R$ 40 milhões para organizar as contas durante a crise.
A informação foi dada pelo jornalista Gustavo Henrique e confirmada pela reportagem da Goal. "É apenas o movimento de uma empresa bem administrada, várias estão fazendo isso. Havia uma linha de crédito com juros baixos, o clube decidiu aproveitar para dar fôlego e seguir organizando o que vem pela frente" disse uma fonte ligada à diretoria.
AFP/GettyEsta semana, ainda, o Flamengo comunicou ao Athletico-PR que atrasaria uma parcela referente ao pagamento pela compra do zagueiro Léo Pereira, acertada em janeiro. A intenção é negociar novos prazos, assim como outros patrocinadores devem fazer nas próximas semanas. O clube acredita que consegue suportar pelo menos mais um mês sem jogos mas, internamente, faz força para que o Campeonato Carioca retorne em meados de maio, de preferência.
Desde o início da crise, o Flamengo também perdeu vários sócios torcedores. O clube, que no final do ano passado havia ultrapassado a marca dos 150 mil sócios, hoje tem 112.051 mil. Uma conta poderia ser ainda menor se grande parte não encontrasse dificuldades para efetuar o cancelamento.
Para atenuar os prejuízos financeiros, o Flamengo também começa a pensar na redução salarial, algo que ainda não foi conversado com os jogadores, mas pode entrar em pauta já na próxima semana. Neste mês de abril, o clube efetuou o pagamento integral dos salários dos atletas e esticou as férias até o dia 30 de abril.


