Com reforço de seleção, liga portuguesa vai começar com 22 goleiros brasileiros

São 18 os times que vão iniciar a edição 2020/21 da liga portuguesa, que tem a primeira rodada agendada para o próximo dia 18. Destes, apenas quatro (Belenenses SAD, Tondela, Santa Clara e Vitória de Guimarães) não contam com goleiros brasileiros. No total, o número impressiona: 22 nomes de origem brasileira - a mesma quantidade de portugueses.

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Entre famosos e desconhecidos, o maior destaque fica para Daniel Fuzato (na foto), recém-emprestado pela Roma ao modesto Gil Vicente, que, curiosamente, já contava com o ex-são-paulino Denis. Revelado pelo Palmeiras, o jovem de 23 anos chegou a ser convocado à seleção por Tite em novembro do passado, para os amistosos contra Argentina e Coreia do Sul.

Dos grandes clubes do país, todos contam com brasileiros: Helton Leite no Benfica, Renan Ribeiro no Sporting, Matheus Magalhães no Braga e Vaná no Porto. O último deles, na verdade, está à espera de uma nova saída (em definitivo ou por empréstimo), visto que voltou agora de uma curta cedência ao Famalicão já sabendo que não seria aproveitado por Sergio Conceição no atual campeão nacional.

O Boavista talvez seja o caso mais curioso entre 20 participantes da primeira divisão. Os três goleiros no elenco principal vieram do Brasil: Rafael Bracali, Matheus Kayser e o mais novo reforço Léo Jardim, que foi formado no Grêmio e na temporada passada defendeu o Lille, com quem ainda tem contrato até junho de 2024.

Exportar camisas 1 para Portugal é um velho - e positivo - costume do futebol brasileiro. Nos últimos anos, Artur Moraes (Braga e Benfica), Ederson (Benfica), Julio Cesar (Benfica), Helton (Porto) e Fernando Prass (União de Leiria) foram os exemplos de maior impacto.

“O número significativo de goleiros brasileiros aqui não surpreende, porque Portugal há anos tem apostado forte na escola brasileira. Muito mérito disso é do trabalho que vem sendo feito pelos profissionais no Brasil que executam a função de treinador de goleiros, seja nos profissionais ou nas categorias de base”, explicou Artur Moraes, hoje vice-presidente do Alverca, da terceira divisão portuguesa, à Goal.

“É a prova da nossa competência, e isso é visto desde cedo, até mesmo no processo de captação de jovens goleiros. Antigamente, o mercado europeu, sobretudo o português, procurava sempre os meias e o atacantes brasileiros, já hoje somos encarados também como exportador de grandes goleiros. O Alison e o Ederson, por exemplo, foram vendidos por valores gigantescos (para Liverpool e Manchester City, respectivamente)”, completou.

Goleiros brasileiros na liga portuguesa:

Benfica - Helton Leite (ex-Botafogo)
Boavista - Rafael Bracali (ex-Paulista), Matheus Kayser (ex-Grêmio Anápolis) e Léo Jardim (ex-Grêmio)
Braga - Matheus Magalhães (ex-América-MG)
Farense - Rafael Defendi (ex-Mirassol e Bragantino)
Famalicão - Gabriel Souza (ex-Paulista) e Luiz Júnior (ex-Atlético Diadema)
Gil Vicente - Denis (ex-São Paulo) e Daniel Fuzato (ex-Palmeiras)
Marítimo - Charles Silva (ex-Cruzeiro e Vasco) e Caio Secco (ex-Coritiba)
Moreirense - Mateus Pasinato (ex-XV de Piracicaba) o Kewin (ex-Red Bull Brasil e Mirassol)
Nacional - Daniel Guimarães (ex-América-MG e Mogi Mirim)
Paços de Ferreira - Jordi (ex-Vasco) e Michael (ex-Atlético-MG)
Portimonense - Raphael Aflalo (ex-Corinthians) e Samuel Portugal (ex-Coritiba)
Porto - Vaná (ex-Coritiba)
Rio Ave - Léo Vieira (ex-São Paulo e Athletico Paranaense)
Sporting - Renan Ribeiro (ex-Atlético-MG e São Paulo)

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