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Hotel Cidade do GaloGabriel Pazini/Goal Brasil

Atlético-MG sofre novo bloqueio judicial por dívida com André Cury

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) bloqueou, na última terça-feira (21), R$ 1.626.734,94 das contas do Atlético-MG acolhendo pedido do agente André Cury, representado pelas advogadas Adriana Cury e Fernanda Saade, por causa de parte da dívida que o clube tem com o megaempresário. O departamento jurídico atleticano entrou com pedido para revogação da decisão nessa quarta-feira (22), conforme documento obtido pela GOAL.

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Este é o quarto bloqueio de contas obtido pelo intermediário nas ações cíveis movidas contra o Galo. A cobrança feita por Cury é por causa de débitos do passados, referentes às negociações intermediadas por sua empresa, a Link Assessoria Esportiva e Propaganda Ltda.

A defesa do Galo alega que o bloqueio feito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo é "indevido". Embora reconheça a dívida em aberto, o clube tenta resguardar o pagamento por meio de seguro garantia. Os mineiros alegam que o "bloqueio de contas afeta severamente a administração do CAM [Clube Atlético Mineiro], o seu fluxo de caixa, o pagamento de funcionários, atletas, despesas correntes, enfim, interfere agressivamente na administração do clube".

A dívida do Atlético-MG com o agente André Cury supera a casa dos R$ 65 milhões. Os valores são referentes a comissões antigas — ele se responsabilizou por intermediar a compra e a venda de alguns atletas no mercado da bola.

O clube tentou desconto no débito com o empresário, oferecendo pagamento à vista. A ideia da diretoria é pagar credores com 50% de desconto no valor original da pendência. A maioria recusou a proposta feita pela cúpula, que pretende utilizar o dinheiro da venda de 49,99% do shopping para pagar débitos do passado.

Recentemente, o TJSP negou recurso solicitado pelo Atlético-MG em uma ação de cobrança movida pelo agente André Cury. O empresário cobra R$ 7,385 milhões por negociações envolvendo dois atletas: o zagueiro Frickson Erazo e o atacante Lucas Pratto.

Veja, abaixo, parte do histórico do débito do Atlético-MG com o empresário:

Luan

Luan Atlético-MGBruno Cantini/Atlético-MG

O atacante foi contratado em 2012 pelo clube. À época, André Cury foi o responsável por intermediar o negócio. Ele representou os mineiros nas tratativas com a Ponte Preta e o estafe de Luan. O empresário costurou a sua contratação e deveria receber uma comissão do clube, que nunca desembolsou o montante completo, apenas uma parte.

Em maio de 2015, o agente foi procurado pelo clube para renovar o seu compromisso. O diretor de futebol à época, Eduardo Maluf, foi o responsável pela negociação ao lado do intermediário. Em 2018, André Cury participou de nova renovação do jogador. Desta vez, o chefe do departamento de futebol do clube era Alexandre Gallo. Ele se reuniu com o empresário em 21 de maio daquele ano para costurar a sua permanência.

Além da comissão pela contratação do atleta, o Atlético-MG deve os valores das duas renovações de Luan, hoje no Goiás, ao agente André Cury.

Guilherme Arana

Arana, Atlético-MG x Sport Recife, Brasileirão, 18092021Getty Images

O empresário foi o responsável por costurar a contratação de Guilherme Arana com o Sevilla, da Espanha. Ele se reuniu com os dirigentes do clube espanhol a fim de chegar a um acordo pelo lateral esquerdo.

Lucas Pratto, Douglas Santos e Emerson

Alguns jogadores com destaque no Atlético-MG e que renderam uma quantia em dinheiro aos cofres do clube são motivos de discussões de André Cury na CNRD. Negociações que envolveram o atacante Lucas Pratto, o lateral esquerdo Douglas Santos e o lateral direito Emerson tiveram o agente como intermediário, mas o clube não pagou os valores devidos pelas transações.

Frickson Erazo

Erazo Atlético-MGBruno Cantini/Atlético-MG

André Cury foi o responsável por intermediar a contratação do zagueiro equatoriano Frickson Erazo em 2016. Por essa aquisição ficou acordado que o Galo pagaria ao empresário US$ 272 mil em duas parcelas, uma de US$ 150 mil [em 17/04/2016] e outra de US$ 122 mil [em 01/06/2016]. No entanto, de acordo com o processo, faltou a quitação de US$ 77 mil.

Mansur

André Cury cobra também um valor elevado por causa de Mansur por causa dos serviços de agenciamento e comissionamento na negociação com o lateral esquerdo. O acordo inicial era de R$ 3,1 milhões.

Desse valor, de acordo com o que está escrito na petição, o clube alvinegro pagou apenas a primeira parcela no valor de R$ 750 mil, ficando pendentes R$ 2.350.000,00. Ficaram sem quitação uma parcela de R$ 750 mil [vencida em 15 de agosto de 2016], duas parcelas de R$ 300 mil [vencidas em 15 de dezembro de 2016 e 15 de dezembro de 2017], e outras duas parcelas de R$ 500 mil [que venceram em 15 de fevereiro de 2017 e 15 de agosto de 2017].

Outros débitos

Rafael DudamelOmar Torres / AFP

O histórico da dívida do Atlético-MG com André Cury ainda envolve outros jogadores e um treinador. Os mineiros não o pagaram pelas contratações do lateral direito Marcos Rocha, os meias Vina, Rómulo Otero, Rosinei, José Welison, Dylan Borrero e David Terans e os atacantes Eduardo Vargas, Maicosuel, Lenadrinho, Franco Di Santo e Denilson. Ainda há um débito pelo negócio envolvendo a chegada do téncico Rafael Dudamel.

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