Até mesmo em uma temporada que começou devagar, Cristiano Ronaldo consegue surpreender. No mesmo jogo em que chegou ao seu gol de número 800 - que já virou 801 -, o português mostrou que pode se adaptar a diferentes sistemas e funções dentro de campo, até mesmo aquelas em que era criticado.
O jogo entre Manchester United e Arsenal, na última quinta-feira (2), pode ter marcado uma virada de chave para Cristiano Ronaldo nos Red Devils. Além de atingir mais uma marca redonda em número de gols, o português mostrou uma habilidade que vinha sendo questionada desde seu retorno à Inglaterra: a pressão sem a bola.
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Contra os Gunners, Cristiano Ronaldo teve o maior número de pressões feitas contra o adversário quando não tinha a bola desde o início da atual temporada, que marcou sua volta ao Manchester United, depois de 11 anos. Ao todo, foram 27 pressões para cima dos jogadores do Arsenal - 16 delas no terço final do campo -, sendo que sua média vinha sendo de 14.4 pressões a cada 90 minutos, pouco mais da metade do que fez na vitória por 3 a 2.
A pressão na saída de bola do adversário vinha sendo um dos pontos mais criticados desde sua volta ao United. E veio exatamente em um momento importante, na troca de técnicos dos Red Devils. Ralf Rangnick, que assumiu o comando no lugar de Ole Gunnar Solskjaer, é um grande adepto do futebol jogado com pressão no contra-ataque adversários. Isso, então, pode ser um bom ponto a favor de Ronaldo, que podia correr certo risco nas mãos do alemão, que já o está elogiando
“Assisti-lo ontem à noite, especialmente no segundo tempo, quando fez a diferença... Na idade dele, nunca vi um jogador em tão boa forma. O que vi de Cristiano Ronaldo é que ele está mais do que comprometido pelo time. Ele ainda é um jogador que pode facilmente fazer a diferença. Você sempre deve adaptar o seu estilo ou ideias aos jogadores que tem, não o contrário", disse o treinador após o jogo contra o Arsenal.


