Nesta sexta-feira (24), começará o Campeonato Brasileiro Feminino Neoenergia 2023, a ser disputado por dezesseis equipes espalhadas pelo país. Organizada pela CBF desde 2013, a Série A1 (primeira divisão) do Brasileirão vai para sua décima primeira edição. Atual tricampeão, o Corinthians, que já venceu a Supercopa Feminina no ano, desponta como grande favorito para o tetra. Por outro lado, a tendência é de uma temporada pautada no equilíbrio por parte da maioria dos times.
Disputado em duas fases, o torneio mescla o sistema de pontos corridos, com todas as dezesseis equipes se enfrentando em turno único, com o formato de mata-mata, jogado pelos oito melhores colocados ao fim da primeira fase. Os quatro últimos times na tabela de classificação acabam rebaixados para Série A2.
Por causa da Copa do Mundo a ser realizada na Austrália e na Nova Zelândia de 20 de julho a 20 de agosto, o Brasileirão será paralisado por dois meses (de 26/06 a 26/08), fato que permitirá que as equipes liberem suas atletas convocadas para o Mundial e não tenham prejuízo esportivo com isso. A pausa ocorrerá após as quartas de final e antes das semifinais.
Internacional/DivulgaçãoDiferentemente de 2022, não teremos mais duas emissoras transmitindo a competição na televisão. O Grupo Band, detentor exclusivo dos direitos de TV aberta, não teve seu contrato renovado. Dessa forma, o Grupo Globo será o dono dos direitos tanto em TV aberta (Rede Globo), quanto em TV fechada (SporTV) – esta que já transmitiu a competição em anos anteriores.
No último dia 16, a CBF divulgou a tabela detalhada das dez primeiras rodadas, com o SporTV escalado com duas partidas por rodada. Até o presente momento, não consta transmissão da Rede Globo para nenhum dos oitenta jogos iniciais. Observando tal situação, surge grande preocupação quanto à possibilidade de termos partidas sem transmissão, como as seis restantes de cada rodada, não descritas para TV fechada.
Esse problema não é novo, visto que em 2022 tivemos situação semelhante, que só teve fim com o acordo da Confederação Brasileira com a Eleven Sports, firmado em abril daquele ano. Por meio dessa parceria, todas as partidas não transmitidas na TV passariam na plataforma de streaming de forma gratuita. Antes do acordo em questão, ficava a cargo de cada clube mandante a realização da transmissão de seus jogos (que não estavam em Band ou SporTV).
CONMEBOLPara 2023, o mistério permanece visto que a entidade ainda não confirmou confrontos na Eleven. No entanto, o curioso é que quando a parceria foi anunciada, foi divulgado que o contrato válido por três anos (2022, 2023 e 2024).
Focando na qualidade esperada para o futebol brasileiro neste ano, vale relembrar a coluna de fim de ano da GOAL: “Futebol Feminino no Brasil em 2022: evolução e aspectos que precisam ser melhorados”. No texto em questão, retratei minha percepção sobre aspectos observados ano longo do ano passado, como parte técnica, tática, nível de competitividade, estrutura, estádios, gramados, premiação e capacitação de profissionais. Em 2023, espero que o futebol feminino no país continue crescendo, mas que seja possível aumentarmos essa curva de forma positiva, que nossa evolução seja mais intensa do que em anos anteriores.
Rebaixado em 2021, o Bahia retorna à elite e traz consigo os estreantes Athletico Paranaense, Ceará e Real Ariquemes. Remanescentes de 2022, temos Atlético Mineiro, Avaí Kindermann, Corinthians, Cruzeiro, Ferroviária, Flamengo, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Real Brasília, Santos e São Paulo. Na sequência, breves destaques sobre cada um dos dezesseis clubes – vale perceber a tendência de muito equilíbrio na briga pelo G8, que deve envolver grande parte das equipes do campeonato.















