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Romário no Corinthians, Batistuta no Flamengo e Maradona na Portuguesa? As especulações e negociações que nunca deram certo no Brasil

Muito da ansiedade que move o torcedor de futebol, entre o final de uma temporada e os capítulos iniciais da outra, está no mercado de transferências. Qual será o grande jogador que vai chegar para mudar o time de patamar? Como estão as negociações?

Em busca destas respostas, durante muito tempo o fã de futebol acordava cedinho para comprar o seu jornal e saber as novidades. Hoje, o mensageiro também se manifesta através de alertas em smartfones e portais esportivos (momento jabá: baixe o app da GOAL e entre em nosso grupo de Whatsapp para receberem as principais novidades do mercado de transferências!).

Seja no papel impresso ou com o celular em mãos, fato é que a motivação do torcedor segue a mesma: buscar uma novidade, encontrar algum motivo -- realista ou fantasioso -- para ao menos sonhar. E muitas vezes, inúmeras especulações surgem. Em outras ocasiões, sondagens e negociações até então impensáveis de fato ocorrem, mas sem o final feliz esperado. É um longo histórico de sonhos que ficam pelo caminho, mas não deixam o imaginário do torcedor.

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  • Todos querem Pelé

    Não é segredo que os grandes clubes da Europa tinham obsessão em contratar Pelé depois do primeiro título mundial do Brasil, em 1958. Mas como o assunto aqui é especulação envolvendo times brasileiros, é importante citar as notícias da época que ligavam o maior jogador da história a clubes do Rio de Janeiro.

    O nome de Pelé volta e meia aparecia nos burburinhos especulativos, mas em 1961 uma transferência quase aconteceu. Por mais bizarro que seja, o Rei vinha sendo criticado por torcedores do Santos e se ventilava a possibilidade de Pelé ser emprestado por quatro meses para uma equipe carioca.

    Todos os quatro grandes tentaram, o Flamengo chegou a se animar e o Botafogo foi quem esteve mais perto de contar com o Rei... mas no final das contas ele seguiu mesmo no Santos. Ainda quando era quase um desconhecido, Pelé chegou a atuar emprestado com a camisa do Vasco e quase foi contratado pelo Grêmio.

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  • Cruyff no Fluminense?

    O ano era 1976 e a torcida do Fluminense, que pouco tempo antes se emocionava ao ver Rivellino vestindo a camisa tricolor, ficou animada com a possibilidade de ver Johan Cruyff jogando pelo Flu. Ele mesmo, o histórico craque holandês que já havia feito história por Ajax e Holanda e Barcelona.

    As conversas aconteceram e o Fluminense, em parceria com uma empresa de aviação e a TV Globo, chegaram a trazer Cruyff para passar dias no Rio de Janeiro.

    O holandês passeou pela cidade, disputou amistosos com um combinado de jogadores internacionais, mas os acontecimentos conspiraram para que um acerto com os tricolores ficasse muito longe: além de sua esposa ter detestado o Rio de Janeiro, o Fluminense reparou que não tinha mais muito dinheiro em caixa e sequer apresentou uma proposta. Cruyff acabou, no final das contas, renovando seu contrato com o Barça e o homem da camisa laranjas nunca jogou no clube das Laranjeiras.

  • Diego Maradona, Argentina 1990Getty Images

    Maradona no futebol brasileiro

    Diego Maradona já era visto como uma grande promessa do futebol argentino quando foi oferecido à Portuguesa. A Lusa, no entanto, não achou que valia fazer o investimento. Mas esta não foi a única história que ligou o maior ídolo argentino de todos os tempos com o futebol brasileiro.

    “Maradona diz querer jogar no Botafogo”, foi a manchete do Jornal dos Sports em 1989. Pouco após a conquista do título estadual daquele ano, Emil Pinheiro (homem forte do clube no futebol e também conhecido pelas contravenções no Jogo do Bicho), botou na cabeça que veria Diego com a camisa do Glorioso. Com a ajuda de Alemão, ex-jogador do Botafogo e grande amigo de Maradona no time do Napoli, uma comitiva botafoguense chegou a ter conversas com o craque.

    Maradona disse a Emil Pinheiro que jogaria no Botafogo após o término de seu contrato com o Napoli e, depois, encerraria a carreira no Boca Júniors. No final das contas, o camisa 10 acabou renovando seu vínculo com o clube italiano. Mas não ficaria muito tempo em Nápoles. Em 1990, o Flamengo também se aproximou mas as questões financeiras envolvidas na operação impediram o acerto.

    Após a suspensão por doping que pôs um ponto final em sua história pelo Napoli, Maradona ainda teve o nome especulado no Palmeiras, esteve muito próximo de um acerto com o Santos (inclusive em negociação costurada por Pelé) e, no final da década de 1990, também foi cogitado no São Paulo. Mas ver D10s vestindo a camisa de um clube brasileiro, para valer, ficou apenas no âmbito da fantasia.

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  • Romário e Kléber, Vasco x Corinthians Mundial de Clubes 2000Getty Images

    Romário 011

    Antes de deixar o Vasco para atuar no PSV Eindhoven, da Holanda, Romário quase chegou a um acerto para ser jogador do São Paulo. As conversas sobre ver o Baixinho, carioca até a medula, jogando em algum clube paulista sempre estiveram presentes ao longo de sua carreira. Em 2006, esteve a detalhes de acontecer.

    Romário já era um veterano de 40 anos, mas seu faro de gols seguia presente. O Baixinho tinha deixado quase tudo certo para atuar pelo Corinthians, que na época ainda contava com o argentino Carlos Tévez no ataque, mas uma série de pequenos detalhes se agigantou para impedir o acerto.

    “Ficou muito perto de fechar. Mas naquela oportunidade o Corinthians vivia período de conturbação, externa e interna. E não fechou porque o momento conturbado na época era do envolvimento da parceria (MSI), mas a direção entendia que seria legal (contratar Romário). Logo depois, o Antônio Lopes (técnico) saiu. Não aconteceu por isso também", disse Paulo Angioni, então gerente de futebol do Corinthians, para a ESPN Brasil.

  • Flamengo foi de Batistuta a... Tuta

    Quando o jornal Lance! estampou em sua capa uma exímia montagem de Gabriel Batistuta, o craque da seleção argentina e Fiorentina, com a camisa do Flamengo, a empolgação rubro-negra quase saiu do controle.

    O ano era 1999, mas após algumas conversas iniciais o craque da Fiorentina acabou indo para a Roma. A ironia é que, se não teve Batistuta, pouco depois os rubro-negros anunciaram a contratação do atacante Tuta.

  • Denílson, presente de refrigerante para o Botafogo

    Em 2006, uma especulação que movimentava a torcida do Botafogo, já em um mundo conectado por grandes redes sociais, era a de que Denílson deixaria o Bordeaux, da França, para vestir a camisa alvinegra.

    A chegada do meia-atacante seria possibilitada pela Pepsi, marca de refrigerante que patrocinava Denílson e que tinha ligações históricas com o Glorioso por causa do patrocínio da 7up na conquista do título brasileiro de 1995. A história ficou no folclore e Denílson nunca vestiu a Estrela Solitária no peito.

  • Ronaldo Nazario Fenomeno, MilanGetty Images

    Ronaldo Fenômeno no Flamengo

    Em sua época de jogador, Ronaldo nunca tinha escondido que o Flamengo era o clube de seu coração. O carinho pelo Rubro-Negro já motivava, mesmo durante o seu auge (quando um retorno ao futebol brasileiro seria financeiramente impossível), diversos rumores. Mas a coisa ficou mais forte mesmo em 2008, quando um Fenômeno já em fim de carreira passou a treinar nas instalações do clube carioca. No final das contas, o Corinthians conseguiu “dar um chapéu” nas aspirações rubro-negras e acabou fechando com R9.

  • Todos querem Riquelme

    Juan Román Riquelme deixou sua história marcada no Boca Júniors, mas ganhou tantos admiradores Brasil afora ao ponto de ter sido homenageado, do Oiapoque ao Chuí, emprestando seu nome a diversas crianças que nasceram pelos anos 2000. Não é de se espantar, portanto, que tenha sido alvo de inúmeros clubes brasileiros.

    Em 2008, o Fluminense chegou a sonhar com o meia. No ano seguinte, a tentativa foi do Corinthians. Em 2012, contudo, o negócio ficou mais sério e o Palmeiras quase contratou Riquelme, mas a mudança na gestão presidencial do alviverde e uma nova política de contenção de gastos, que seria instaurada a partir de então, acabou impedindo o acerto.

  • Mutu e Iaquinta no Vasco

    Adrian Mutu era um polêmico jogador romeno, conhecido pela capacidade técnica e problemas extracampo. Vincenzo Iaquinta era um atacante grandalhão, reserva na seleção italiana.

    A dupla teve o nome ligado ao Vasco da Gama em 2012, mas a parte pitoresca da história é que o dirigente responsável pelos trâmites teve passagem relâmpago pelo Vasco: Franck Assunção ficou apenas 30 dias como diretor executivo do Cruz-maltino.

    Anos depois, ficou comprovado que Franck havia falsificado seu currículo, mas ele ainda apareceu em outras duas negociações fracassadas que moveram muita expectativa em outros clubes brasileiros.

  • Alessandro del Piero JuventusGetty

    Del Piero no Flamengo

    Uma daquelas especulações clássicas, que apareciam ano após ano, mas que não foi concretizada. Em 2012, Alessandro Del Piero, ídolo histórico da Juventus e campeão mundial com a Itália em 2006, chegou a negociar com o Flamengo... mas acabou optando por jogar na Austrália.

  • Os pretendentes de Malouda

    Nascido na Guiana Francesa, Malouda teve certa proximidade com o futebol brasileiro, por causa das fronteiras geográficas, antes de rumar para a França e fazer sucesso inclusive na seleção do país. Jogador importante na história do Chelsea, o atacante chegou a afirmar que tinha um sonho de atuar no Brasil.

    Especulações de jornais cariocas afirmavam, ainda, que Thierry Henry, simpatizante do Vasco (!!!), teria feito um lobby para Malouda escolher o Gigante da Colina. Palmeiras, Santos, Corinthians e Atlético-MG foram outros destinos ventilados naquele 2012. No final das contas, Malouda acabou indo jogar na Turquia.

  • David Beckham Netflix@Netflix

    Beckham entre Botafogo e São Paulo?

    O ano de 2012, você já deve ter reparado, foi bastante fértil em relação a grandes especulações. O jornal inglês The Sun, por exemplo, colocou Botafogo e São Paulo como possibilidades para o astro David Beckham, que na época estava perto de deixar o Los Angeles Galaxy.

  • Andrea Pirlo no Palmeiras

    Pirlo já era um veterano em final de contrato com a Juventus quando teve, em 2014, seu nome ventilado no Palmeiras. Os altos valores, claro, teriam sido o grande entrave.

  • Anelka, MumbaiGetty Images

    Anelka é do Galo?

    Presidente do Atlético-MG em 2014, Alexandre Kalil chegou a anunciar oficialmente a contratação do atacante Nicolas Anelka. O francês, contudo, nunca vestiu a camisa do Galo e acertou sua ida para o futebol indiano, mas o anúncio de Kalil ficou eternizado no folclore da bola e rendeu explicações e acusações de parte a parte, seja dos dirigentes atleticanos ou do próprio Anelka.

  • Samuel Eto'oGetty

    Samuel Eto’o, do delírio ao “quase no Brasil”

    O nome de Samuel Eto’o apareceu (literalmente) na boca do povo quando a torcida do Flamengo resolveu cantar, entre 2005 e 2006, que Obina era melhor que o grande craque da história do futebol camaronês. Mas não faltaram especulações ligando o Rubro-Negro a Eto’o.

    Em 2018, o ídolo de Barcelona e Inter de Milão foi especulado no Vasco com uma condicionante: Julio Brandt teria que ser eleito presidente do clube e isso não aconteceu. Em 2015 o São Paulo teria aparecido como opção, mas segundo o próprio Eto’o, o clube brasileiro que esteve mais perto de tê-lo foi o Grêmio, já sob o comando de Renato Gaúcho.

  • Mario Balotelli LiverpoolGetty

    Clássico carioca por Balotelli

    O italiano Mario Balotelli foi outro especulado no futebol tupiniquim. Especialmente no Flamengo, primeiro em 2014 e depois em 2021 (em negociação fracassada tocada pelo mesmo Franck Assunção de passagem relâmpago pelo Vasco anos antes). Candidato à presidência do Vasco em 2020, Leven Siano também moveu expectativas vascaínas ao levantar a possibilidade de – se eleito, coisa que não foi – contratar o polêmico jogador.

  • Valeu, Drogba!

    A história envolvendo a esperança corintiana em ter o craque marfinense Didier Drogba, em 2017, também teve a participação de Franck Assunção, a polêmica figura que passou pelo Vasco e que teria tentado levar Balotelli ao Flamengo.

    O desfecho desta história, depois da não conclusão do negócio, foi uma nota oficial que ficou para a eternidade: em seu próprio site, o Corinthians escreveu um texto agradecendo ao atacante pelo fato de simplesmente ter negociado. A leitura começava com um chamativo “Valeu, Drogba”.

  • Yaya Touré não sabe o que quer

    Levando em conta os grandes nomes do futebol mundial, o exemplo mais recente de negociação que não deu certo foi a que envolveu Yaya Touré, em 2020. O marfinense, ídolo do Manchester City, primeiro esteve muito perto de fechar com o Botafogo. Tão perto, que o clube já havia feito até vídeo com o anúncio oficial. Touré, contudo, deu para trás na última hora.

    A surpresa foi que, pouco depois, Yaya passou a estar muito perto de acertar sua ida para o Vasco se o candidato à presidência Leven Siano fosse eleito... mas o meio-campista também desistiu na última hora.

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