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GFC Abel, Tiquinho, Tite BrasileirãoGOAL

No Brasileirão dos gigantes não há meio-termo: é tudo ou nada

O Campeonato Brasileiro está, ao menos atualmente, longe de ser a maior referência de primor técnico no futebol mundial. Mas não há competição de futebol, nos principais recantos do planeta bola, que reúna tantos gigantes na busca do mesmo objetivo quanto o Brasileirão.

Você pode até mesmo lembrar da Champions League, com seus Manchesters e Liverpool, Real Madrid e Barcelona, Bayern e tantos outros, mas a principal competição europeia tem pouco mais de 30 clubes... por aqui são 20 e apenas uma destacável minoria é de times que não podem ser considerados grandes.

Isso traz coisas boas e coisas ruins. O bom é a competição quase sempre com jogos históricos, com todo um lastro de tradição a ser contada, mas o ruim é que o Brasileirão cria expectativas completamente desleais em seus apaixonados torcedores. Se o time é grande, tem que brigar por título. E se isso não acontecer, a frustração é gigante. Pior, apenas se for rebaixado... o que tem sido bastante comum também. Ou seja, um show de emoções extremas. Mas isso nunca ficou tão claro quanto neste ano de 2023.

  • Cuesta, Botafogo 2023Vitor Silva/Botafogo

    Botafogo, da euforia à profunda depressão

    Quando falamos em emoções extremas neste Brasileirão de 2023, não há exemplo maior que o Botafogo. Líder por mais de 30 rodadas, recordista do melhor primeiro turno da história e já sonhando com o título que encerraria o jejum de 28 anos, o Alvinegro simplesmente derreteu na competição. Derrotas e empates com requintes de crueldade.

    Os botafoguenses foram da esperança, orgulho e euforia para a desesperança, vergonha e depressão com uma sequência de nove partidas sem vitórias. Dono de campanha de rebaixado neste segundo turno, os alvinegros podem fazer valer, quase que literalmente, a máxima de que no Brasil o segundo colocado é o primeiro dos últimos. Isso se conseguir ficar na segunda posição.

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  • Zé Rafael, Endrick Palmeiras 2023Cesar Greco/Palmeiras

    Palmeiras, dos protestos ao favoritismo pela taça

    Agora favorito para ficar com a taça, o Palmeiras viveu emoções diferentes. Durante a temporada, os alviverdes conviveram com protestos pela falta de reforços, além de ironias com a compra de um avião para o time. As quedas na Copa do Brasil e Libertadores só fizeram aumentar esta revolta e a impressão era de que 2023 se encaminharia para ser a primeira temporada sem títulos desde a chegada do técnico Abel Ferreira.

    No entanto, o desempenho palmeirense melhorou e os resultados positivos no Brasileirão foram aparecendo na medida em que o Botafogo derretia. A vitória de virada, por 4 a 3, sobre os alvinegros colocou de vez o Palmeiras na briga e o time seguiu firme até assumir a liderança a poucas rodadas do final da competição. O Brasileirão dos palmeirenses foi marcado por protestos enquanto o time não mostrava estar à altura das expectativas, mas tende a terminar com uma histórica apoteose de felicidade.

    A situação do Flamengo conversa com a do Palmeiras, embora o menu de decepções tenha sido muito maior até aqui. Depois de perder Mundial, Copa do Brasil e Carioca, se o título brasileiro de fato não vier, o vazio de 2023 será traduzido como fracasso. E nada mais.

  • Lucas Lima, Santos 2023Raul Baretta/ Santos FC

    O pânico da luta contra o rebaixamento

    Se um clube grande teria, na teoria, a obrigação de lutar pelo título, imagina o peso quando esta equipe convive com o pânico de um rebaixamento? Em 2023 é a situação de gigantes como Vasco, Cruzeiro, Bahia e Santos. E também foi de corintianos. É difícil lembrar de um ano em que a luta contra a degola foi tão disputada.

    As oscilações vistas ao longo da competição mexeram com ansiedades, sentimentos grandes de alívio e decepção. Escapou da queda? Ufa! Um novo ano vem aí e as coisas podem melhorar. Caiu? Vergonha e frustração. Não parece haver um outro caminho.

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  • Vasco da Gama, torcida 2023Getty Images

    “Tomara que esse campeonato acabe logo”

    As sensações de euforia rápida, seguida por rodadas e rodadas de tensão fizeram do Brasileirão de 2023 não apenas o “maior de todos os tempos”, pelo número de gigantes na disputa da elite. Mas também na edição mais tensa e nervosa da história. Ao final da 38ª rodada, apenas o campeão vai comemorar. A maior parte dos envolvidos vai apenas dar um suspiro de alívio. É o que acontece quando um campeonato é feito de tudo ou nada.

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