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Guerra entre Kylian Mbappé e PSG não terá final feliz

O Paris Saint-Germain não sabe o que é ter um dia de paz. Ainda que a campanha oficial de 2023/24 sequer tenha iniciado, os bastidores do clube pegam fogo em meio à situação envolvendo o futuro do atacante Kylian Mbappé. O craque francês foi barrado do time para a pré-temporada na Coreia do Sul e Japão.

Por que uma decisão tão drástica? Oficialmente não há explicação, mas diferentes reportagens apontam que, insatisfeito com a postura de Mbappé em não acionar sua cláusula de renovação de contrato, o PSG decidiu punir o atacante. A intenção é passar força institucional, reforçando a mudança de rota que o clube toma internamente na busca para se encontrar menos dependente de grandes estrelas.

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    PSG considera barrar Mbappé da temporada

    Podemos pensar que a atitude do PSG seja apenas para dar um susto em Mbappé, mas o clube já parece ter ultrapassado esta fase. A direção pretende colocar o craque francês na situação mais incômoda possível para evitar que o atacante deixe o clube, em 2024, sem deixar nenhum valor de transferência no Parque dos Príncipes.

    E dentro deste plano de ação, o pior cenário possível já estaria sendo considerado. Ou seja: caso Mbappé não surpreenda e aceite renovar o vínculo, ou se não achar compradores para o atacante, PSG considera deixar Kylian Mbappé de fora de todos os jogos da temporada 2023/24. É o que revelou o jornal Le Parisien. Tal desfecho teria repercussões bastante significativas na imagem e nas finanças do clube, mas é um risco que a instituição aceitar passar.

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    Mbappé não planeja dar passos atrás

    Mas se o PSG está disposto a não ter Mbappé nesta nova temporada, o inverso também é verdadeiro. Até o momento, e de acordo com revelações feitas pelo RMC Sport, o ícone da seleção francesa hoje não pensa em dar passos para trás. Kylian irá manter sua posição pelo tempo que julgar necessário. E pelo que é conhecido de sua personalidade, Mbappé é daqueles que conseguem se manter firme para conseguir o que deseja.

    Ao marcar presença nos treinos junto de outros “indesejáveis” do elenco parisiense, Mbappé mostra que deseja fazer tudo dentro das regras. Ele considera estar em uma posição de força e, levando em consideração as leis que regem o futebol, incluindo a Lei Bosman, é difícil discordar desta sua percepção. Os muitos sorrisos captados nestes treinos recentes também mostram alguém tranquilo em meio à situação, inclusive atendendo normalmente aos fãs que lhe pedem autógrafos após as atividades.

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    Uma guerra sem vencedores

    Tanto Mbappé quanto o PSG estão bastante decididos em suas ações. É uma disputa que também envolve uma questão de egos, que poderia levar os protagonistas desta guerra a excessos. A equipe parisiense ficaria sem o seu melhor jogador, depois de já ter optado por não renovar com Messi e sem muita vontade de segurar Neymar, o que cobraria seu preço em relação a resultados e importância comercial.

    Já para Mbappé, fica o perigo de passar uma temporada em branca e os impactos negativos que isso pode gerar em sua carreira. Se o seu desejo é conquistar todas as taças e quebrar o maior número possível de recordes, ficar um ano longe do jogo será péssimo. E ainda tem a Eurocopa de 2024 no horizonte. O quanto a inatividade pode custar a sua presença e desempenho na seleção francesa?

    Em casos como este, vale a máxima: em uma guerra, a verdade é que não há vencedores. É por isso que a esperança é de que os dois lados encontrem solução.