Entre certo exagero tanto nas críticas quanto nos elogios, fato é que Fernando Diniz terminou 2022 precisando ainda se provar como um grande treinador de elite. Tamanha é a comoção gerada por fãs e haters do Dinizismo, que neste caso só há um argumento possível a favor do treinador. Diniz precisava de um título, não importava necessariamente a beleza dos passes ou a porcentagem da posse de bola. Um ultimato tão simples quanto complexo, ao mesmo tempo justo e desleal. Parte da receita deste bolo chamado futebol. Em 2023, ele já conseguiu este objetivo e tem ido muito além.
A temporada de 2023, portanto, ganhou um contorno pessoal de alívio para Diniz depois do Campeonato Carioca conquistado pelo Fluminense. Em que pese a importância diminuta dos estaduais nos dias de hoje, a circunstância do título deu peso maior ao feito: a taça foi para os tricolores após goleada sobre o rival – e superfavorito até então – Flamengo. Acontece que nem o Fluminense nem Diniz parariam por ali.
Semifinalista da Libertadores da América, o Fluminense sonha com um título inédito. Assim como em 2022, faz boa campanha no Brasileirão. E em meio ao vácuo de espera e indefinição na CBF após a saída de Tite, o cargo de técnico da seleção brasileira caiu – ainda que de forma interina – no colo de Fernando Diniz. E este mês de outubro promete reservar capítulos importantes neste conto de fadas do técnico tricolor e canarinho.



