A Libertadores da América é tratada como “obsessão” para as grandes equipes sul-americanas. Dizer que seus campeões atingem a Glória Eterna é, sem dúvidas, o maior acerto recente de quem organiza o torneio. Mas no futebol, o Mundial de Clubes é a última fronteira. Podemos debater a importância com a qual os europeus veem a disputa, claro, mas estruturalmente a competição interclubes da FIFA é o topo da pirâmide.
É assim desde a época da antiga Copa Intercontinental, primeira competição a colocar frente a frente os campeões da América do Sul e Europa. Só que muita coisa mudou desde sua primeira edição, em 1960, até o rumo que tomou o Mundial de Clubes da FIFA. Equipes de outros continentes foram incluídas na disputa, para validar ainda mais o aspecto global da coisa, mas, na prática, o convite à festa – a possibilidade real de título – era limitado pois o espaço VIP só era aberto a sul-americanos e europeus.
Há tempos não é mais assim. Os campeões da Champions League e Libertadores ainda chegam com suas regalias, uma vaga direta na semifinal, enquanto os demais (asiáticos, africanos e norte-americanos no geral) são obrigados a passarem por outros jogos apenas para terem o direito de estarem ali. E se a última década mostra um domínio sem precedente dos europeus, também deixa em evidência a queda de status dos sul-americanos. O que um dia já foi visto como vexame, não conseguir vaga na finalíssima, passou a ser algo até mesmo normal.
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