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Como funciona o sistema de desafios do VAR no Mundial sub-20 de 2025?

A Copa do Mundo Sub-20 de 2025 está em pleno andamento, com partidas intensas acontecendo até o dia 19 de outubro. Além da expectativa sobre quem vai levantar o troféu, um dos maiores atrativos da competição é acompanhar as promessas do futebol mundial, os jovens talentos que um dia podem ser tornar os craques de suas seleções e clubes profissionais. Mas não é só isso que chama atenção para esta edição — a Fifa introduziu uma novidade no protocolo do VAR, que promete mudar a forma como decisões controversas serão tratadas em campo. 

Essa nova mudança no VAR, apelidada de “sistema de desafios”, permitirá que técnicos ou capitães acionem uma revisão de vídeo em situações específicas, além das revisões automáticas que já ocorrem. A ideia é aumentar a transparência, reduzir erros graves e envolver mais os clubes no controle de decisões críticas. Toda essa inovação será testada durante a competição, com o apoio de árbitros e autoridades do futebol, para avaliar sua eficácia real sob pressão. 

Enquanto isso, jogadores, comissão técnica, torcedores e mídia estão de olho não apenas nos gols, nas atuações individuais ou nos momentos decisivos, mas também em como esse novo protocolo operará em prática: como será a sinalização para pedir os desafios, quanto tempo vai demorar cada revisão, quais tipos de lances poderão ser desafiados e como a comunicação será feita dentro do estádio e para quem assiste pela TV ou online.

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  • O CONTEXTO

    O VAR (Video Assistant Referee) foi oficialmente adotado pela Fifa em amistosos e competições menores em 2016, mas sua estreia oficial em torneios da Fifa aconteceu na Copa Intercontinental de 2016, no Japão. O intuito da ferramenta era corrigir erros visuais graves em lances de gol, pênalti, cartão vermelho direto ou casos de identidade equivocada, mas com o tempo foi ganhando a oportunidade de atuar em mais situações. A ferramenta se consolidou mesmo a partir de 2017, atuando na Copa das Confederações da Rússia, para depois aparecer na Copa do Mundo de 2018, sendo esta a primeira Copa do Mundo de seleções principais a adotar o VAR de forma integral.

    Esse sistema já mostrou resultados importantes: evitou desfechos controversos, fez com que decisões fossem revistas quando possível, e contribuiu para a justiça no resultado das partidas. Contudo, o VAR não é perfeito: críticas continuam quanto ao tempo que algumas revisões demoram, à clareza da comunicação dentro do jogo, à percepção dos torcedores no estádio e à consistência entre árbitros. Muitas vezes, decisões subjetivas ainda geram polêmica, mesmo com replays, e há lances em que nem sempre fica claro se deveria ter sido revisado ou não.

    É neste cenário que entra o experimento do sistema de desafios. A Fifa pretende usar este Mundial sub-20 como laboratório para testar regras novas ou adaptadas, com o objetivo de explorar se esse mecanismo adicional pode melhorar a confiança no VAR e reduzir reclamações sobre decisões que poderiam estar sujeitas a revisão mas que, atualmente, não são.

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  • SOBRE O MUNDIAL SUB-20 DE 2025

    O Mundial Sub-20 de 2025 começou no dia 27 de setembro e terminará no 19 de outubro. As cidades de Santiago, Valparaíso, Rancagua e Talca foram escolhidas como sedes da competição. Com isso, as partidas serão disputadas no Estádio Nacional Julio Martínez Prádanos (Santiago), Estadio Elías Figueroa Brander (Valparaíso), Estadio El Teniente (Rancagua), Estadio Fiscal de Talca (Talca).

    A competição conta com a participação de 24 seleções que se classificaram pelos torneios continentais, além do país-sede, Chile, que entrou automaticamente. As vagas foram distribuídas entre as seis confederações da Fifa, com cinco para os países sul-americanos (incluindo o anfitrião), quatro da Ásia, quatro da África, quatro da Concacaf, dois da Oceania e cinco da Europa. 

    As 24 equipes são serão separadas em seis grupos, com quatro times cada um, para a disputa da fase de grupos, onde cada equipe realizará três partidas. Em seguida, os dois primeiros de cada grupo garantem vaga nas oitavas de final, acompanhados pelos quatro melhores terceiros colocados da fase inicial, formando um total de 16 equipes classificadas. A partir daí, no mata-mata, as seleções se enfrentam em oitavas, quartas de final, semifinais, disputa de 3º lugar e a grande final.

  • SAIBA MAIS

    Geralmente, a Fifa reserva experiências como essa para torneios de base — como os Mundiais Sub-20 ou Sub-17 — ou para competições femininas, onde há menor pressão midiática imediata comparado ao futebol de elite masculino, o que permite testar novidades com mais margem de erro e aprendizado. Também em torneios intercontinentais menores ou amistosos internacionais já foram feitas adaptações nos protocolos do VAR ou ajustes de comunicação com árbitros.

    Também é comum que, nesses testes, haja transparência no processo: anúncios prévios sobre o que será testado, explicações para imprensa, adaptação gradual, e feedback após os jogos — tanto de quem vivencia o torneio de dentro quanto de quem acompanha remotamente. Esse feedback frequente é essencial para calibrar regras, definir limites do sistema de desafios (quantos, quando, como), para que ele funcione bem sem atrapalhar o ritmo de jogo.

  • O BRASIL NO MUNDIAL SUB-20 DE 2025

    O Brasil está no Grupo C do Mundial sub-20 de 2025, junto com México, Marrocos e Espanha.

    O primeiro jogo do Brasil será contra o México, no dia 28 de setembro, às 20h (horário de Brasília). Na sequência, a seleção enfrenta o Marrocos, no dia 1º de outubro, também às 20h, e encerra sua participação na fase de grupos diante da Espanha, no dia 4 de outubro, às 17h.

    Entre os jovens brasileiros que têm se destacado nesta temporada, vários nomes vêm chamando atenção: Coutinho (Palmeiras), Deivid Washington (Chelsea) e Gustavo Prado (Internacional) são exemplos citados entre os convocados. E também há a presença de Álvaro Montoro, argentino de 18 anos que joga no Botafogo; ele tem se destacado no Brasil e defenderá a seleção da Argentina no torneio.

  • O QUE VEM POR AÍ?

    Resta saber se este novo protocolo de desafios será bem aceito por todos os envolvidos: técnicos, jogadores, árbitros e torcida. Também será decisivo observar como será a comunicação: se o árbitro falará aos jogadores explicando, se haverá avisos visuais no estádio, se a TV e as transmissões vão mostrar o processo detalhadamente, e se o público entenderá quando um desafio é usado ou negado. Essa clareza será chave para evitar confusão ou sensação de arbitrariedade.

    Se os resultados forem positivos — ou pelo menos se os problemas forem identificados e mitigados — é provável que o sistema de desafios seja levado para torneios maiores, podendo impactar Copas do Mundo de categoria principal, competições continentais ou ligas nacionais. Este Mundial sub-20 pode ser o ponto de virada para o VAR se tornar não só uma revisão passiva, mas uma ferramenta proativa de participação dos times no controle justo das decisões em campo.