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O caminho mais difícil para o Brasil até a final da Copa do Mundo de 2026

O sorteio da Copa do Mundo de 2026, realizado na última sexta-feira (5), não só deu forma ao torneio mais esperado do futebol mundial como também iniciou o jogo das projeções, das contas e das especulações. A contagem regressiva segue firme até o dia 11 de junho, quando o mítico Estádio Azteca abrirá a edição que marcará a expansão da Copa do Mundo para 48 participantes. Com 42 seleções já garantidas e as seis vagas restantes em disputa na repescagem de março, a ansiedade dos torcedores ao redor do planeta só aumenta.

O Brasil foi sorteado no Grupo C, junto com Marrocos, Escócia e Haiti, e já conhece seus locais, datas e horários na fase inicial. No primeiro texto desta série, mostramos o cenário mais otimista possível para a seleção em busca da sexta estrela

Agora, porém, a missão é outra: imaginar o caminho mais espinhoso, cruzando com os adversários mais fortes que podem aparecer no horizonte da competição. Porque, em Copa do Mundo, não basta estar preparado para o melhor caminho — também é preciso saber como sobreviver ao pior.

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  • netherlands Getty Images

    16 avos de final

    O "cenário mais difícil" começa com o pretexto de que a seleção brasileira se classificaria como segundo lugar do grupo. Com isso em mente, nos 16 avos de final, ela enfrentará o primeiro colocado do Grupo F, que reúne Holanda, Japão, Tunísia e uma seleção europeia da repescagem (Ucrânia, Suécia, Polônia ou Albânia). 

    Entre todas as equipes citadas, a mais forte é a Holanda. Apesar de eles não terem as maiores estrelas do futebol mundial — como era há alguns anos atrás, na geração de Wesley Sneijder, Robin Van Persie e companhia — a Laranja Mecânica ainda tem ótimos componentes, principalmente na linha de defesa, que conta com a presença de jogadores como Virgil Van Dijk, Micky Van de Ven, Jurrien Timber, Jeremie Frimpong, Denzel Dumfries e outros. 

    No meio-campo, quem lidera é Frenkie de Jong, estrela do Barcelona, enquanto o ataque tem Memphis Depay, o atleta do Corinthians, como a referência — e também como o maior artilheiro de todos os tempos da Holanda.

    Em um possível embate com o Brasil, os holandeses podem ganhar vantagem nas alas, posição onde guardam suas maiores potências, enquanto é a área mais defasada da seleção brasileira. Certamente seria um embate quente, e de todas as possibilidades que podem acontecer na primeira fase do mata-mata, eles definitivamente são a mais difícil. 

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  • Italy v Norway - FIFA World Cup 2026 QualifierGetty Images Sport

    Oitavas de final

    Ainda levando em conta que o Brasil se classificará em segundo, seu adversário nas oitavas de final seria o vice-líder do Grupo A (México, Coréia do Sul, África do Sul e o vencedor da Repescagem Europeia B, que pode ser Dinamarca, Macedônia do Norte, República Tcheca ou Irlanda) ou do Grupo B (Canadá, Suíça, Catar e o vencedor da Repescagem Europeia A, que pode ser Itália, Irlanda do Norte, País de Gales ou Bósnia e Herzegovina). 

    Entre todos esses, o provável adversário mais complicado de se enfrentar seria Suíça ou Itália (caso garanta sua classificação). Há 20 anos atrás, isso não estaria perto de ser uma dúvida.

    A Itália, por mais que tenha muito mais tradição no torneio do que a Suíça, não se classificou para as duas últimas Copas do Mundo, em 2018 e 2022, e vem mostrando um futebol nada confiável sob o comando de Gennaro Gattuso. A cada ano que passa, aquele triunfo na Eurocopa de 2021 se mostra apenas uma sequência boa de jogos, mais do que o estabelecimento de uma geração dourada. 

    Ainda assim, os italianos possuem alguns excelentes jogadores, como Gianluigi Donnarumma, Nicolò Barella, Alfredo Bastoni, Federico Dimarco, Manuel Locatelli e outros. O problema está no ataque, onde nenhum jogador tem o destaque suficiente para garantir sua vaga no plantel titular. Moise Kean, Mateo Retegui, Gianluca Scamacca e Francesco Pio Esposito são alguns dos nomes que perpassam pelo ataque italiano, mas nenhum oferece consistência.

    Levando em conta os outros adversários possíveis, os bons nomes que a Itália carrega em seu plantel e, claro, a rivalidade com o Brasil em Copas do Mundo, são eles os adversários mais difíceis para o time de Ancelotti (que, por sinal, é italiano) nas oitavas. 

  • France v Ukraine - FIFA World Cup 2026 QualifierGetty Images Sport

    Quartas de final

    Já nas quartas, o Brasil potencialmente entraria na rota de colisão com o primeiro colocado do Grupo E (Alemanha, Equador, Costa do Marfim e Curaçao) ou do Grupo I (França, Noruega, Senegal e o vencedor da Repescagem Intercontinental 2, que pode ser Iraque, Bolívia ou Suriname). 

    Encontrar qualquer uma entre Alemanha ou França, as favoritas para liderarem seus respectivos grupos, já seria de grande dificuldade para o Brasil. Mas, entre as duas, a França desponta como a mais difícil de vencer.

    A seleção francesa chegou na final nas duas últimas Copas do Mundo, com um triunfo em 2018 e uma derrota amarga, nos pênaltis, em 2022. Kylian Mbappé, em ambas edições, foi o cara do time, e claramente chega à edição de 2026 nesse mesmo status — além de, até agora, estar vivendo o melhor início de temporada da sua carreira. 

    Os Bleus ainda contam com ascensões recentes que não estavam no elenco em 2022, como Michael Olise, Marcus Thuram, Desiré Doué, Hugo Ekitiké, Rayan Cherki, Bradley Barcola e muito mais. Em número de talentos, a França deve ser a seleção com a maior quantidade — e todos ainda são jovens. Além disso, na última Copa do Mundo, Ousmane Dembélé ainda não tinha o status que possui hoje como o atual vencedor da Bola de Ouro, e é mais um perigo no ataque francês.

    Dito isso, a França é o adversário mais difícil para o Brasil nas quartas de final.

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  • Lamine Yamal Spain 2025Getty Images

    Semifinal

    Na semifinal, o Brasil pode encontrar com o primeiro colocado do Grupo H (Espanha, Uruguai, Arábia Saudita e Cabo Verde), do Grupo D (Estados Unidos, Paraguai, Austrália e o vencedor da Repescagem Europeia C, que pode ser Turquia, Romênia, Eslováquia ou Kosovo) ou do Grupo G (Bélgica, Egito, Irã ou Nova Zelândia). 

    As equipes mais fortes de cada grupo são Espanha, Turquia (caso garanta a classificação) e Bélgica. Entre essas, a adversária mais difícil para o Brasil não poderia ser outra senão a atual campeã da Eurocopa de 2024 e a primeira colocada do ranking da Fifa.

    A Espanha, do treinador Luis de la Fuente, é dominante pelo seu estilo tático, de passes rápidos e curtos, além do talento individual e jovem que possui. Ao longo dos anos, La Roja produziu lendários meio-campistas, muito técnicos e inteligentes, e jogadores como Pedri, Martin Zubimendi, Fabián Ruiz, Rodri e outros camisas 6 e 8 carregam esse legado. Além disso, eles tem a força da natureza que é Lamine Yamal na ponta-direita, que pela seleção incorpora uma de suas melhores versões — a mesma que foi tão importante na conquista de 2024, mesmo com apenas 17 anos. 

    Os espanhóis são vistos como os favoritos para vencerem a Copa do Mundo de 2026 também por causa de sua campanha sensacional nas Eliminatórias da Uefa, na qual terminaram invictos e tiveram um saldo de gols de +19 (marcando 21 e tomando apenas dois). 

    Portanto, um possível encontro do Brasil com a Espanha, na semifinal, seria uma partida dificílima para os homens de Carlo Ancelotti. 

  • Brazil v Argentina - FIFA World Cup 2026 QualifierGetty Images Sport

    Final

    Eis que chega a grande final da Copa do Mundo. Do lado oposto da chave do Brasil, as seleções mais fortes são Inglaterra, Argentina, e Portugal. São todas grandes equipes, que tem os maiores talentos mundiais, mas se tratando de um jogo com o Brasil, é a Argentina a adversária mais difícil possível.

    Por que? Bom, são muitos os argumentos.

    O primeiro argumento e mais óbvio é que eles são os atuais campeões mundiais e defenderão seu título. O segundo, é que a Argentina é a maior rival do Brasil. O terceiro, é que a seleção perdeu os dois últimos jogos com a Argentina — 1 a 0 em novembro de 2023 e 4 a 1 em março de 2025 — nas Eliminatórias da Conmebol, e não ganha da Albiceleste desde julho de 2019, quando venceu uma partida da Copa América. O quarto, é que a Argentina tem uma grande parte dos atletas que estavam na conquista de 2022. O quinto, é que eles têm Lionel Messi, que provavelmente jogará sua última Copa do Mundo, e seus companheiros farão de tudo para que ele saia do maior palco do futebol com uma nova conquista.

    Inglaterra e Portugal também seriam adversários difíceis, mas a falta de consistência das duas equipes em Copas do Mundo pesa neste balança. Por isso, a Argentina é a seleção mais difícil que o Brasil pode pegar na final da Copa de 2026.

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