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Kaiky Santos Deportivo Lara Libertadores 09032021Guilherme Dionizio/Pool/AFP/Getty

As 20 promessas NXGN do futebol brasileiro que pedem passagem em 2021

Nos dias de hoje, jogadores jovens estão subindo para os profissionais cada vez mais cedo. Nomes de 17, 18 anos, já contribuindo no time de cima, marcando gols, dando assistências, compondo duplas de zaga e atuando nos maiores clubes do planeta.

No Brasil, não é diferente. Ano após ano, marcas de jogadores mais jovens a atuarem por determinadas equipes vem caindo por terra: é difícil tirar talento de dentro de campo, independemente da idade. E isso sem nem falar nos clubes, precisando de dinheiro, que imploram por uma venda para a Europa para fecharem as contas no final do ano.

Talles Magno Vasco da Gama 2020GettyTalles Magno é outro que chegou aos profissionais muito cedo, se destacou no Vasco e foi vendido em tempo recorde (Foto: Alexandre Loureiro/Getty)

Assim, se acostume cada vez mais a ver atletas de 16 ou 17 anos ganhando minutos nos profissionais do seu time. Seja Kaiky sendo o xerife da zaga do Santos sem nem idade para beber ou dirigir, Marquinhos marcando nas oitavas de final da Copa Libertadores ou tantos outros nomes que já fizeram história tem idade para atuarem no sub-20.

A Goal listou, então, 20 promessas NXGN (das categorias 2003, 2004 e 2005) que podem pintar nos profissionais do seu clube em pouco tempo. Nomes para o futuro e, por que não, para o presente do futebol brasileiro.

  • Marquinhos São Paulo RacingStaff Images / CONMEBOL

    Marquinhos (São Paulo)

    Não é preciso explicar para ninguém o que significa a Copa Libertadores no futebol sul-americano. Partidas duras, adversários complicados, torcidas apaixonadas e muita pressão. Um cenário nada propenso para que jovens consigam se desenvolver.

    Mas foi justamente nessa situação em que Marquinhos, do alto de seus 17 anos, em seu primeiro jogo como titular pelo São Paulo, chamou a responsabilidade, marcou um gol e deu duas assistências na vitória por 4 a 1 do Tricolor sobre o Racing, em Avellaneda, na Argentina, e classificou a equipe para as quartas de final do torneio.

    Detalhe: foi apenas a segunda vitória na história do clube paulista em toda a sua história em território argentino pela Libertadores. E se semanas depois o São Paulo acabou eliminado pelo Palmeiras, muito da eliminação aconteceu devido a ausência de Marquinhos, lesionado. Um jovem atacante tão veloz, talentoso e maduro para sua pouca idade que, nascido em 2003, precisou de poucos jogos para colocar veteranos e se estabelecer como peça chave do futuro da única equipe brasileira tricampeã do mundo.

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  • Jefté FluminenseMAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

    Jefté (Fluminense)

    Já falamos aqui do que foi a geração dos sonhos do Fluminense nas categorias de base. Uma equipe arrasa-quarteirões, que atraiu olhares de gente que nem se importa muito com as categorias de base para assistir seus jogos. Muitas vezes, porém, quem foi assistir nomes como Kayky, Metinho, Matheus Martins, Arthur e cia acabou mesmo ficando impressionando com o lateral-esquerdo Jefté, mais uma joia criada em Xerém.

    Nascido em 2003, Jefté alia intensidade física, capacidade técnica (o Flu, mesmo com um elenco fortíssimo, muitas vezes saia jogando pelo lado esquerdo para aproveitar sua qualidade) e precisão nos cruzamentos. Não à toa, já foi relacionado várias vezes para o elenco profissional do clube, ao passo que vem sendo preparado no sub-23.

    De contrato renovado até 2025 e uma multa rescisória superior a 40 milhões de euros, não deve demorar até receber oportunidades no principal, ainda mais levando em conta o sucesso de outros jovens vindos de Xerém e a instabilidade na lateral do Flu.

  • Savinho Sávio Savio Atlético-MG Atlético Mineiro GaloPedro Souza / Atlético

    Savinho (Atlético-MG)

    Os melhores times do mundo costumam mesclar a experiência com a juventude. Nomes qualificados, veteranos vivendo o auge de suas carreiras e jovens criados nas categorias de base. Foi assim que o Chelsea, por exemplo, voltou a conquistar uma Liga dos Campeões depois de nove anos. 

    No Brasil, o Atlético-MG parece próximo de utilizar o mesmo método, mesclando jogadores como Hulk e Diego Costa com Savinho. O jovem nascido em 2004 foi promovido aos profissionais por ninguém menos que Jorge Sampaoli, talvez o maior exemplo de um treinador que prefere pedir contratações do que trabalhar garotos das categorias de base. Mas o talento falou mais alto e o ponta, com 16 anos, estreou pelos profissionais do Galo ainda em 2020.

    Savinho pode até não ter conseguido ainda uma sequência de vários jogos consecutivos como titular, mas segue sendo relacionado para a maioria dos jogos com Cuca e deve receber mais minutos no segundo semestre. De qualquer jeito, sua combinação de velocidade, belos dribles, insinuação e técnica seguem chamando a atenção da seleção brasileira, já que o atleta vem sendo convocado para todas as listas da seleção sub-17 a algum tempo.

  • João Victor CearáCeará / Divulgação

    João Victor (Ceará)

    João Victor vem fazendo história. Um jogador tão especial que fez a CBF, conhecida por priorizar a convocação de atletas de times do Sul e do Sudeste, olhar para o Ceará, em plena ascensão no Nordeste do país.

    Tendo estreado nos profissionais com 16 anos, já é figurinha certa em praticamente todas as convocações da seleção sub-17 e deve logo ganhar mais minutagem no esquema de Guto Ferreira. É daqueles que chama a atenção no primeiro toque na bola: extremamente veloz, tem um enorme número de dribles no repertório e tira "coelhos da cartola" onde nem existe espaço.

    Nascido em 2004, ainda precisa ganhar mais força física, até para sobreviver nas divididas, mas com o espaço que deve ter para atacar pelos lados no esquema reativo de "Gordiola", como é conhecido o treinador do Vozão, já é muito capaz de contribuir. No geral, já é extremamente querido pela torcida e deve ser cada vez mais pedido no time de cima.

  • Giovani PalmeirasCesar Greco / SE Palmeiras

    Giovani (Palmeiras)

    Abel Ferreira vem mudando a história do Palmeiras. O treinador português, contratado no meio de 2020, conquistou dois títulos (Copa do Brasil e Copa Libertadores) em praticamente pouco mais de um ano e vem marcando época. Mas com o calendário movimentado do futebol brasileiro, nem mesmo os times com um ótimo elenco como o Verdão conseguem sobreviver com tranquilidade, tendo que utilizar jovens jogadores para não se desgastarem muito fisicamente.

    Foi numa situação assim que Giovani conseguiu se destacar e provar que é o futuro da equipe paulista. Atacante insinuante, atua tanto pelos lados quanto centralizado e chamou a atenção no começo de 2021 mostrando muito talento nos profissionais, mesmo sendo nascido em 2004 e tendo apenas 17 anos na ocasião. Driblador e inteligente taticamente, não deve demorar até voltar aos profissionais de Abel Ferreira agora para ficar.

    Enquanto isso, segue sendo o maior artilheiros das categorias de base do Palmeiras e atraindo olhares estrangeiros: o Grupo City já teria sondado o clube paulista para saber da situação do jovem, mas o negócio não andou.

  • Matheus França FlamengoMarcelo Cortes / Flamengo

    Matheus França (Flamengo)

    Jorge, Vinícius Jr., Lucas Paquetá, Reinier, agora João Gomes e Matheuzinho... não são poucos os nomes que saíram das categorias de base do Flamengo e conseguiram se destacar nos profissionais nos últimos anos, mesmo contra concorrência dura no elenco mais caro do país. O time, afinal, segue a velha mística, tão propagada pela torcida: "craque a gente faz em casa". E não é preciso de muito tempo para ver que Matheus França prova que o tal ditado tem um fundo de verdade.

    Atuando no meio de campo, é o típico "camisa oito" moderno: um trator fisicamente, forte e veloz, com muita explosão, mas também técnico e que sabe finalizar como poucos volantes de sua idade. Frequentemente convocado para a seleção sub-17, parece estar pronto, até mesmo fisicamente, para começar a ser integrado aos profissionais.

    Nascido em 2004, já chegou a atuar pelo time sub-20 no ano passado sem sofrer com a velocidade de jogo. Assim, é outro que assinou um contrato com multa rescisória gorda: times europeus precisarão pagar 50 milhões de euros se quiserem tirar Matheus França do Flamengo. Preço justo por um atleta que aparece como um dos melhores de sua geração.

  • Lucas Beraldo São PauloRubens Chiri/saopaulofc.net

    Lucas Beraldo (São Paulo)

    Natural de Piracicaba, no interior do estado de São Paulo, Lucas Beraldo assumiu muito cedo o mantra de "herói da cidade". Afinal de contas, enquanto muitos outros de seus companheiros de seleção brasileira já estavam atuando nos maiores clubes do país, o defensor, na época com 16 anos, atuava pelo pequeno XV de Piracicaba, de sua cidade natal.

    Assim, quando foi negociado com o São Paulo, já em seu último ano de sub-17, muitos esperavam que o defensor precisasse de um longo período de adaptação até que conseguisse demonstrar seu melhor potencial. Não foi o que aconteceu. Beraldo, já em seu primeiro ano no Tricolor, assumiu a titularidade e se tornou a maior promessa defensiva de um clube que recentemente revelou nomes como Éder Militão, Tuta e Morato, brilhando pela calma, qualidade técnica na saída de bola, inteligência e posicionamento defensivo.

    Terminando a carreira no sub-17 do Tricolor, novamente se tornou titular em sua primeira temporada no sub-20, sob o comando do ex-jogador Alex, ainda que tenha nascido em 2003. Várias vezes relacionado por Hernán Crespo para o time profissional, não deve demorar para que Lucas Beraldo siga com seu ritmo de desenvolvimento extremamente adiantado e consiga ganhar minutos nos profissionais do São Paulo. Se seguir a tradição, assumirá rapidamente a titularidade.

  • Ângelo Gabriel Santos base 2020Pedro E.G. Azevedo/Santos FC/Divulgação

    Ângelo (Santos)

    O que pode ser dito sobre Ângelo que já não está escrito? Jogador mais jovem a vestir a camisa do Santos depois de Coutinho (batendo Pelé), tendo estreado com apenas 15 anos, jogador mais jovem a marcar pela Copa Libertadores, titular em todas as categorias da seleção brasileira... 

    O ponta é o próximo "Raio" a surgir no Peixe, e agora sob o comando de Fernando Diniz, técnico notável por extrair o melhor de seus jogadores jovens, deve crescer ainda mais enquanto ganha experiência e condicionamento físico para ser utilizado com mais regularidade.

    Nascido em 2004, Ângelo Gabriel é o que mais próximo temos do típico jogador brasileiro: muito rápido, não tem medo de partir para cima dos adversários, costuma ganhar seus duelos individuais e criar inúmeras de perigo. Pratica, acima de tudo, o jogo bonito. A sorte está lançada para aquele que talvez seja a maior esperança brasileira de ter um novamente um atleta sendo considerado o melhor do mundo.

  • Tiago Coser ChapecoenseInstagram / Tiago Coser

    Tiago Coser (Chapecoense)

    É impossível falar da Chapecoense sem lembrar do acidente em 2016. Uma tragédia sem igual na história do futebol brasileiro, que tirou a equipe catarinense, uma das mais promissoras do momento no país, do caminho dos títulos. De volta a Série A do Brasileirão, a Chape agora é outra: talvez seja o "segundo time" de todo brasileiro, mas sem conseguir brigar de igual pra igual com os grandes do país, como já fez um dia. E se a equipe quiser voltar para esse patamar precisará de nomes como o do zagueiro Tiago Coser.

    Extremamente alto, o defensor nascido em 2004 estreou pela Chape com apenas 17 anos, nos primeiros jogos do Campeonato Catarinense em 2021. Muito elogiado já a algum tempo, é desejado por clubes de dentro e fora do Brasil e não deve ficar muito tempo na Arena Condá.

    Enquanto isso, porém, logo deve ganhar mais minutos nos profissionais. Técnico e excelente no jogo aéreo, tem os pré-requisitos necessários para um defensor moderno: ao passo que também ganha pontos pela segurança e tranquilidade saindo jogando.

  • Vinícius Tobias Internacional InterInstagram / Vinícius Tobias

    Vinícius Tobias (Internacional)

    Muitos vem afirmando nos últimos anos que o Brasil, conhecido por ter os melhores laterais do mundo durante quase duas décadas (Roberto Carlos, Cafu, Marcelo e Daniel Alves deram conta do recado com a Amarelinha), vem sofrendo com problemas de renovação na posição. Assim, vários jornalistas e torcedores esperam ver Vinícius Tobias, lateral do Internacional, já negociado com o Shakhtar, como o próximo brasileiro a ser o melhor do mundo na posição.

    Com Danilo e Alex Sandro longe de convencer, um Renan Lodi instável e outros nomes mais jovens ainda distantes do nível necessário para jogarem na seleção brasileira (ainda que Emerson, Guilherme Arana e Abner estejam cada dia mais próximos), a esperança em Tobias já está bem documentada: trata-se de um jogador extremamente técnico, muito acima dos demais mesmo no futebol de seleções. Explosivo, é letal no um contra um e um driblador cheio de repertório. Se notabiliza pelas jogadas bonitas e pela chegada ao ataque.

    Ainda precisa ganhar mais velocidade, já que nasceu apenas em 2004, mas é impressionante tanto com a bola nos pés quanto defendendo. Não à toa, já foi contratado pelo Shakhtar e irá viajar a Ucrânia assim que completar 18 anos, em fevereiro de 2022. Até lá, não se surpreenda se o lateral ganhar minutos no profissional do Internacional, mesmo que não seja pensando no futuro: com 17 anos, já tem toda a condição técnica para atuar em alto nível.

  • Andrey Santos VascoAlexandre Neto

    Andrey Santos (Vasco)

    O torcedor do Vasco da Gama que lê o noticiário esportivo está acostumado a uma situação bem específica: ver notícias ruins sobre o clube. Novas cobranças, novas dívidas, novos problemas todos os dias. Um time com aquela que talvez seja a torcida mais apaixonada do Brasil, mas que segue definhando na Série B do Brasileirão, buscando um salvador da pátria que o tire dessa situação conturbada.

    A única solução, como tanto a diretoria como a torcida sabem, é apostar nas categorias de base. Mas é claro: quando você tem jovens como Andrey Santos em suas divisões inferiores, fica muito mais fácil apostar nesse caminho.

    Jogador mais jovem a vestir a camisa do Vasco nos profissionais, Andrey, de 17 anos, atuou apenas em três jogos no Brasileirão sub-17 dessa temporada, já que já é titular da equipe no sub-20. E não decepcionou nessas três partidas, marcando duas vezes e ficando muito próximo de dar o título do torneio ao Cruz-Maltino. Pudera: nascido em 2004, já se tornou um meio-campista completo, um excelente distribuidor de bola, com ótimo posicionamento defensivo, chegada na área como elemento surpresa e técnica para achar enfiadas longas. Presença constante nas seleções de base, já estreou nos profissionais e deve ganhar mais minutagem nos próximos meses.

  • Felipe Augusto CorinthiansInstagram / Felipe Augusto

    Felipe Augusto (Corinthians)

    Há muito se diz que o Corinthians "desaprendeu" a formar jogadores. No final das contas, trata-se de uma provocação dos rivais, já que nomes como Marquinhos, Malcom, Claudinho, Guilherme Arana e Pedrinho deram seus primeiros passos no futebol no "Terrão", como é chamada as categorias de base do Timão. O que não é mentira, porém, é que o clube não vem conseguindo utilizar e desenvolver boa parte de seus jovens talentosos nos profissionais. Felipe Augusto pode mudar essa escrita.

    Muito goleador na base, o atacante nascido em 2004 se notabiliza pela força física e é daqueles que, na maioria das vezes, precisa de apenas um toque na bola para marcar. Inteligente, se posiciona bem e até já contribui com qualidade no jogo aéreo. O canhoto também não é lento e consegue utilizar o corpo com facilidade, mesmo contra garotos mais velhos e prontos fisicamente.

    Já tendo atuado quatro vezes nos profissionais do Corinthians, Felipe Augusto tem a confiança do treinador Sylvinho e pode ser uma boa opção para o comando de ataque no Timão, já no futuro próximo, dado que Jô não parece ter capacidade de voltar à sua melhor forma. Resta saber se o clube do Parque São Jorge conseguirá desenvolver o atacante.

  • Matheus Gonçalves FlamengoGilvan de Souza / Flamengo

    Matheus Gonçalves (Flamengo)

    O Flamengo já se consolidou como a principal potência do futebol brasileiro na atualidade. Afinal de contas, uma equipe que tem condições de repatrira nomes como Kenedy e Andreas Pereira para atuarem na reserva de um quarteto histórico com Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e Éverton Ribeiro está, como a torcida adora dizer, em outro patamar. Mesmo assim, tem quem já esteja pensando no futuro do clube. E o futuro chama-se Matheus Gonçalves.

    Nascido em 2005, Matheus nem está em seu último ano no sub-17, mas já atrai olhares esperançosos do torcedor Rubro-Negro. Com uma perna esquerda extremamente potente, muita velocidade, drible e técnica, chama a atenção no meio de uma geração espetacular no Flamengo, campeã do Brasileirão sub-17. E foi escolhido como craque do torneio... sendo um ano mais novo que os rivais.

    Existe quem opine, inclusive, que o jovem está sendo ainda melhor na base do que Vinícius Júnior., vendido para o Real Madrid por quase 50 milhões de euros apenas pelo que mostrou nas divisões inferiores do Rubro-Negro. Um talento especial que não deve ficar fora de ação nos profissionais por muito tempo - nem no time mais endinheirado da América do Sul.

  • Leandro São PauloRubens Chiri/saopaulofc.net

    Leandro (São Paulo)

    Não é comum vermos torcedores acompanharem equipes de base apenas para verem um jogador defensivo atuar. Um goleiro, então, é quase impossível. Mas Leandro talvez seja a grande atração do ótimo time sub-17 do São Paulo neste momento, um jogador tão acima dos demais que parece até pronto para o futebol profissional... com apenas 17 anos.

    Muito seguro, bom no jogo aéreo, vai muito bem no um contra um e tem ótimo reflexo. Além de tudo, já se acostumou a ser decisivo, principalmente em disputas de pênalti: em seu quarto jogo como titular no sub-17, classificou o Tricolor nos pênaltis contra o arquirrival Corinthians, nas quartas de final do Brasileirão sub-17. Desde então, não perdeu mais a titularidade.

    Com a situação incerta no gol do São Paulo, com Tiago Volpi cada vez mais questionado, Lucas Perri, seu reserva, sem convencer, e outros jogadores jovens, não se surpreenda se Leandro já começar a ser relacionado para alguns jogos dos profissionais já nesta próxima temporada. O atleta, afinal, já treinou com os profissionais e vem recebendo atenção especial de Zetti e Muricy Ramalho, duas lendas do Tricolor.

  • Matheus Nascimento BotafogoVítor Silva/Botafogo

    Matheus Nascimento (Botafogo)

    Falando em "salvador da pátria", nada melhor do que tal descrição para explicar o significado de Matheus Nascimento para o Botafogo. Sim, o clube carioca segue afundado em dívidas, precisando lutar para pagar as contas de amanhã... mas sabe que tem uma carta na manga: a eventual venda do centroavante.

    Promovido aos profissionais em 2020, quando tinha apenas 16 anos, vem sendo trabalhado com todo o cuidado do mundo pela diretoria do Glorioso. Assim, segue ganhando força muscular, experiência e cancha para, um dia, conseguir corresponder às expectativas. Praticamente um treino de super-herói para aquele que pode vir a ter que "salvar" o Botafogo, seja da Série B, seja alçando voos maiores.

    E toda essa expectativa não vem à toa: Matheus Nascimento é daqueles jogadores que chamam a atenção no primeiro olhar. Alto, rápido e inteligente com e sem a bola, demonstra estar acima dos demais desde muito jovem. Além disso, é técnico ao extremo e ajuda muito fora da área. Sim, ainda precisa finalizar um pouco melhor e perde alguns gols, mas isso virá junto da experiência. Afinal de contas, não é comum ver uma equipe criada em 1910 apostar tudo em um jovem nascido em 2004.

  • Vitor Roque CruzeiroRodolfo Rodrigues / Cruzeiro

    Vitor Roque (Cruzeiro)

    Se Vasco e Botafogo seguem em péssima fase dentro e fora das quatro linhas, nada se compara ao que vive o torcedor do Cruzeiro. Um time bicampeão do Brasileirão em 2013 e 2014 e da Copa do Brasil em 2017 e 2018, uma das maiores potências históricas do futebol brasileiro... que já luta a dois anos para não ser rebaixado para a terceira divisão, segue com dívidas impagáveis no curto prazo, sendo frequentemente punido pela Fifa e tendo seu ex-cartolas investigados pelo Ministério Público.

    É nesse cenário que o recém-chegado Vitor Roque, de 16 anos, já pinta como possível solução dentro do elenco do sub-17 da Raposa. Rápido, forte e mortal na frente do goleiro, chegou ao clube mineiro após imbróglio com o América-MG e já marcou dez gols em sua primeira temporada, ao passo que assinou seu primeiro contrato profissional.

    Em um time que pouco se acostumou a revelar jogadores nos últimos tempos, priorizando veteranos caros que eventualmente causaram o primeiro rebaixamento do Cruzeiro em seus mais de 100 anos de história, o atacante nascido em 2005 é um sopro de esperança de dias melhores. Hoje, espera por sua primeira chance nos profissionais, algo que não deve demorar a acontecer: o time de Vanderlei Luxemburgo precisa de jogadores como Vitor Roque.

  • Arthur FluminenseMAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

    Arthur (Fluminense)

    A geração dos "sonhos" do Fluminense. Uma equipe que já se tornou até folclórica sem que nenhum dos jogadores que fizeram parte daquela equipe tenham tido realmente sucesso nos profissionais. Uma equipe cotada como melhor sub-17 do planeta em dado momento. Uma equipe que já vendeu dois de seus expoentes, Kayky e Metinho, ao Manchester City, antes de ambos completarem 18 anos.

    Mas há quem diga que o melhor entre todos os atletas daquele time ainda não tenha subido aos profissionais: Arthur, de 2005, era o caçula daquela equipe e ainda tem outra temporada no sub-17 antes que precise ser promovido ao sub-20. Mas a tendência do momento é que o jovem não passe pelo sub-20 e logo já seja integrado aos profissionais do Tricolor Carioca.

    Meio-campista muito técnico, é um armador como tantos pedem no futebol de hoje. Inteligente, rápido, também é um jogador muito intenso, frequentemente retornando ao campo de defesa para buscar a bola e pisando na área para marcar gols. Acima de tudo, é ótimo finalizador e o coração da equipe atual do Fluminense no sub-17.

  • Emersonn Athletico-PR Athletico ParanaenseJosé Tramontin/athletico.com.br

    Emersonn (Athletico-PR)

    O Brasil tem uma estrutura muito única em seu futebol comparado ao resto do mundo, com ligas estaduais vivas até hoje e campeonatos muito parelhos ano a ano. Mas talvez o fator mais único do futebol brasileiro sejam os "12 grandes": enquanto a Inglaterra tem o seu "Big Six" e a Argentina, os seus "cinco grandes", o Brasil tem 12 clubes considerados potências. E excluindo o Bahia e sua torcida fanática, nenhum time chegou tão perto ou conseguiu quebrar a hegemonia dos 12 grandes a não ser o Athletico-PR.

    Campeão da Copa Sul-Americana, da Copa do Brasil e quase sempre nas primeiras posições na tabela do Brasileirão, o Furacão quebrou tal grupo utilizando-se de suas categorias de base e revelando jogadores promissores. Foi assim que nomes como Bruno Guimarães e Renan Lodi, por exemplo, chegaram ao futebol europeu. E o próximo nome de tal lista deve ser o atacante Emersonn.

    Artilheiro do último Brasileirão sub-17, segue o "protótipo" de um atacante perfeito. Muito alto, com 1m86, também é bastante veloz e conduz a bola a mantendo próximo de seus pés, mudando de direção e tendo facilidade para driblar no espaço curto. Sabe muito bem utilizar sua ótima condição física e marca gols tanto com os pés, tanto com seu bom cabeceio. No Athletico, que gosta de dar oportunidades para jogadores jovens, logo deve ganhar minutos, quem sabe ainda nesta temporada. E o céu é o limite para o "Haaland das Araucárias".

  • Victor Hugo FlamengoGilvan de Souza / Flamengo

    Victor Hugo (Flamengo)

    Existe uma demanda, no futebol de hoje, para que meio-campistas pisem dentro da área. Não basta armar o jogo de trás, é preciso que jogadores que atuem no meio de campo finalizem, aproveitem espaços e marquem seus gols. E é assim que Victor Hugo, camisa 10 do Flamengo campeão brasileiro sub-17, vem se destacando.

    Artilheiro da equipe durante o torneio, mesmo sofrendo com lesões na reta final, marcou dois gols na decisão contra o arquirrival Vasco da Gama. Um deles, um petardo de fora da área, mostra a capacidade de finalização, a força nas pernas e a condução de bola do jogador nascido em 2004, que assim como tanto outros craques história do futebol brasileiro, começou na carreira jogando futsal.

    Em meio a uma grande geração no Flamengo, Victor Hugo é outro que já pode começar a se preparar para ganhar minutos no profissional, seja talvez no Campeonato Carioca ou quem sabe ainda no Brasileirão, dada a sequência de jogos do Rubro-Negro.

  • Kaiky Santos 12 08 2021Ivan Storti/Santos FC

    Kaiky (Santos)

    "Raio". É com esse adjetivo que a maioria dos "meninos da Vila", jovens revelados nas categorias de base do Santos, chegam aos profissionais. Um adjetivo que exemplifica tudo o que a torcida e a mídia espera ver dos garotos revelados pelo Peixe: atletas ousados, velozes, dribladores, técnicos, criativos, entre tantos outros adjetivos, como Pelé, Giovanni, Robinho, Neymar e Rodrygo foram um dia.

    Mas o time da baixada Santista também vem se destacando ao revelar defensores. Lucas Veríssimo, do Benfica e da seleção brasileira, e Gustavo Henrique, do Flamengo, puxam a fila, mas Kaiky talvez seja o melhor de sua geração no Brasil. E no mundo.

    As comparações com Marquinhos não chegam à toa: o defensor nascido em 2004 joga da mesma maneira atuando nas menores partidas e nos jogos grandes. Inteligente, espetacular tecnicamente, sólido defensivamente, bom no jogo aéreo (já marcou nos profissionais do Santos), forte e rápido para sua idade. Um jogador bom o suficiente para brilhar na Copa Libertadores em seus primeiros jogos nos profissionais, para ser titular absoluto em um dos principais times do Brasil mesmo sem terminar o ensino médio. O futuro do Peixe - e da seleção brasileira.

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