O atacante do Palmeiras, Deyverson está a uma partida de completar 100 jogos com a camisa Alviverde. O centroavante chegou ao clube paulista em julho de 2017 e era desconhecido pela maioria não só da torcida palestrina, mas por grande parte dos brasileiros. Aos poucos, começou a fazer gols e também demonstrar comportamentos controversos em campo. Agora ele soma 25 gols em 99 partidas pelo Verdão e ainda luta para se afirmar com Mano Menezes.
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Caso seja titular ou entre durante a partida, Deyverson fará sua 100ª partida logo no Choque-Rei, clássico contra o São Paulo, que acontece nessa quarta-feira (30), às 19h30 (de Brasília), no Allianz Parque, lugar onde o Tricolor nunca venceu desde a inauguração, em 2014.
Deyverson teve seu melhor momento com a camisa verde em 2018, ano que o Palmeiras se sagrou campeão do Brasileirão, sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Sua chegada em 2017 causou um impacto no grupo e ele fez uma boa meia temporada, com 20 partidas e 7 gols marcados, todos eles no Brasileirão.
Em 2018, foram 34 partidas (26 do campeonato nacional e 8 na Libertadores), com nove gols, todos eles, também no Brasileirão. Nessa temporada, os números de Deyverson não são ruins. Foram 7 gols em 26 partidas, sendo cinco tentos no Brasileirão e dois na Liberta.
O atacante nunca foi uma máquina de fazer gols, mas há pelo menos dois fatores para se considerar que apontam os motivos da grande insatisfação da torcida palestrina e a não confiança plena de Mano Menezes para com ele: 1) o aumento da expectativa em cima sobre a equipe após dois títulos nacionais nos últimos três anos, e 2) as intermitentes cenas de simulação e exagero que o atleta protagoniza dentro de campo.
(Foto: Alessandra Cabral/Getty)
É natural que com a retomada do caminho dos títulos do Verdão, a torcida espere atletas de maior calibre, especialmente no comando de ataque. Deyverson tem um bom controle do corpo para brigar por bolas aéreas com os zagueiros, mas o palmeirense espera mais que isso. Espera um goleador nato, alguém que realmente conheça o caminho das redes e Deyverson não é e nunca foi esse homem. As outras tentativas do Verdão também foram frustradas com Borja, Arthur Cabral e outros que pintaram no Allianz Parque. O "Deyvinho", como é chamado, até balançou as redes nas últimas duas partidas, e é possível que chegue com certa moral para o Choque-Rei dessa quarta-feira.
Porém, o que parecia ser até legal e interessante no começo tem se tornado um dos piores pontos de Deyverson. Seus exageros ao sofrer faltas, as simulações e a dificuldade de se portar de acordo com o que a instituição espera de um atleta profissional colocam o jogador como um alvo constante de críticas. A diretoria e o corpo técnico do clube sabem que Deyverson pode decidir uma partida para bem ou para mal. Contando jogos do Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores, o atleta já recebeu três cartões vermelhos e muitas vezes prejudicou a equipe.
A fama de Deyverson não vem tanto pelos gols que marca, mas sim por esse aspecto de simulação, que rendeu a ele comparações com Neymar, por se jogar muito. O exemplo mais recente, que irritou torcedores do Avaí e até do Flamengo se viu no jogo da última rodada, quando o juiz marcou um pênalti contra o Avaí em cima de Deyverson em que ele não é tocado, mas a quantidade de água que o lance levantou e a acrobacia do atleta convenceram o juiz a dar o penal que daria a vitória à equipe de Mano Menezes.




