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Ramón Menezes Vasco Goiás Copa do Brasil 27 08 2020Rafael Ribeiro/Vasco

Vasco “Ramonizado” empolga: é outro time em comparação ao de Abel Braga

Abel Braga é um nome importante na história do Vasco da Gama e merece respeito. Como jogador do clube, o então zagueiro, com estilo mais viril nos gramados, conquistou o Campeonato Carioca em 1977 e convenceu a ponto de ter sido convocado para a Copa do Mundo do ano seguinte. Como treinador, entretanto, a memória recente não é das melhores. Anunciado como técnico do Cruz-Maltino para 2020, Abelão não agradou e colecionou resultados ruins até ser demitido em março. Dias depois, Ramón Menezes, então auxiliar, foi efetivado. E de lá para cá o Vasco é um outro time.

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Passado o período sem partidas, por causa da paralização motivada pela pandemia de Covid-19, o clube de São Januário é uma das sensações do futebol brasileiro: está no pelotão de cima da Série A após cinco rodadas – sendo que disputou quatro jogos – e conseguiu uma classificação épica para a quarta fase da Copa do Brasil, ao bater o Goiás nos pênaltis, depois de vitória por 2 a 1 na quarta-feira (26). Antes da paralização, o time ainda treinado por Abel Braga havia sido derrotado pelos goianos, dentro de São Januário, por 1 a 0.

A melhora do Vasco da Gama é desenhada através de vários fatores e personagens: o protagonismo goleador do argentino Germán Cano, que passou em branco contra o Goiás, o ressurgimento de Fellipe Bastos, a liderança de Leandro Castán na zaga, as boas exibições que Martín Benítez vem entregando sob o ponto de vista criativo e, também, pelo goleiro Fernando Miguel – o grande herói da classificação sobre o Goiás. Mas, acima de tudo, é pelo trabalho em equipe que elevou o nível de desempenho do time em campo. É aí que entram os elogios ao trabalho de Ramón Menezes.

Com a metade dos jogos disputados em relação a Abel Braga (7 partidas comparados a 14 do ex-técnico), o Vasco de Ramón Menezes venceu mais (6 a 4), marcou mais gols (13 a 8) e sofreu menos (3 a 10). Além disso, é um time que passa mais confiança para o torcedor. Com Abel, o Vasco até tinha mais a bola, especialmente nos jogos do estadual, mas sofria para agredir. Sob o comando de Ramón, invicto após sete jogos (6 vitórias, um empate) e já enfrentando adversários melhores no Brasileirão, a posse de bola diminuiu, mas o time é mais perigoso e seguro.

Sob o comando de Abel Braga, que já vinha de um trabalho fraco pelo Flamengo em 2019 (o que ficou muito acentuado na comparação com a melhora da equipe rubro-negra com Jorge Jesus), o Vasco parecia destinado mais uma vez à luta contra o rebaixamento. Com Ramón, passou a ser outro time: pode até não conseguir os títulos da grandeza histórica que a instituição merece, e em algum momento vai ser derrotado, mas hoje o torcedor cruz-maltino sorri e sonha.

E sorrir e sonhar é um dos tantos motivos que faz o futebol ser o que é.

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