Não há nada que dá mais orgulho ao torcedor que saber que seu time bateu uma marca quase inalcançável. Podemos lembrar da torcida do Corinthians, comemorando o recorde mundial de sua equipe feminina, com 34 vitórias consecutivas. Bom, os fãs do Tottenham não podem reclamar que a performance de sua equipe diante do Bayern foi pouco memorável. A acachapante goleada do time alemão de 7 a 2 sobre os Spurs na Liga dos Campeões da UEFA bateu várias marcas, se aproximou de goleadas históricas da competição e levou Serge Gnabry a um patamar de elite.
O meia de 24 anos balançou as redes quatro vezes na partida, marca rara na era da Champions League. O atleta do Bayern se junta a uma lista que inclui feras como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, seu companheiro Robert Lewandowski, Zlatan Ibrahimovic e até craques já aposentados como Marco van Basten, Ruud van Nistelrooy e Andriy Shevchenko.
No entanto, Gnabry ainda está um patamar abaixo de Messi e Luiz Adriano, hoje no Palmeiras, que chegaram a assinalar 5 gols em uma partida da Liga.
Esse também foi o maior número de gols sofridos pelo Tottenham em seus domínios; os Spurs haviam sofrido seis tentos em casa em apenas duas ocasiões: contra o Sunderland, em 1914, e contra o Arsenal, em 1935. Além disso, o placar de 7 a 2 se tornou a maior derrota da história do clube inglês na Champions League.
Faziam 24 anos que uma equipe inglesa tinha tomado tantos gols em um só jogo em competições europeias. Ironicamente, a vítima naquela ocasião também foi o próprio Tottenham. Para ter uma noção de quanto tempo isso faz, aquela partida foi válida pela primeira fase da antiga Copa Intertoto, campeonato que não existe mais: em 22 de julho de 1995, o FC Koln, também alemão, bateu os Spurs por 8 a 0 e garantiu a classificação para as oitavas-de-final do torneio. O clube londrino, em época de vacas magras, ficou em quarto lugar de um grupo que incluía equipes sem tanta tradição como o Lucerne, suíço, e o Osters, sueco.
Ainda sem vencer nessa Champions e ainda cambaleante neste início de temporada, o Tottenham flerta com a crise e deixa até mesmo o futuro do técnico Mauricio Pochettino no norte de Londres.




