Dos 53 convocados para a Copa América entre os elencos de Brasil e Argentina, apenas um esteve na última final que os rivais se enfrentaram. Dias antes da estreia na Copa América de 2007, Leo Messi celebrou seu 20º aniversário e atuou em todos os jogos de sua seleção na competição. No entanto, viu o sonho do primeiro título internacional ser frustrado pela seleção de Dunga.
O Brasil levou um "time alternativo" para a Venezuela. Jogadores como Ronaldinho, Ronaldo e Kaká foram deixados de fora após o trauma na Copa do Mundo de 2006. Dunga preferiu um time com apostas como Vagner Love, Julio Baptista, Robinho e Dani Alves. Do outro lado, estavam atletas como Hernán Crespo, Juan Román Riquelme, Pablo Aimar e Carlos Tevez - uma ótima safra de jogadores.
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Getty ImagesA final em Maracaibo terminou com um chocolate brasileiro: 3 a 0. Desde então, Messi é perseguido por um estigma: nunca ter ganhando um título por sua seleção, embora tenha alcançado um patamar que poucas vezes foram vista no esporte. No sábado (11), ele pode colocar um ponto final nesta história caso a Argentina vença o Brasil na final da Copa América 2021 em um Maracanã que, mesmo sem torcida (com a presença de convidados da Conmebol), carregará uma aura que poucos jogos tem.
A experiência de Messi na cadetral do futebol brasileiro não é das melhores. Foi lá que amargou outro vice com a seleção, na Copa do Mundo de 2014, perdendo a final para a Alemanha por 1 a 0. Antes, já havia experimentado o gosto amargo da medalha de prata em outras duas finais: nas Copas Américas de 2015 e 2016, ambas perdendo para o Chile na decisão.
Seja esta a última chance real de título de Messi com a Argentina ou não, muito do peso de levar o time à glória está sobre seus ombros. Ele está mais enérgico do que nunca em busca de sua primeira taça com a seleção e pode-se ver claramente isso na semifinal contra a Colômbia, quando Emiliano Martínez brilhou nos pênaltis e o camisa 10 jogou, inclusive, com o tornozelo sangrando em boa parte do segundo tempo.
Getty ImagesUm fator que pode ajudar Messi é o sentimento de "azarão" em volta da seleção argentina. O Brasil é considerado favorito para levar o 10º título de Copa América em sua história e não perde para os rivais em jogos oficiais há cinco anos. A cada jogo na competição, a percepção de que os donos eram favoritos apenas aumentava, enquanto que a Argentina seguiu como favorita, mas em um patamar abaixo do time de Tite.
Se em 1950 o Uruguai protagonizou um Maracanazo, desta vez é a Argentina quem pode fazê-lo. Caso Messi tenha sucesso contra um time melhor do que o dele no sábado, todas as questões sobre a discussão de quem é o maior da história devem ser deixadas de lado pelo bem do futebol.
