Tiago Nunes vive um inferno astral no comando do Corinthians. Contratado em novembro de 2019com status de principal reforço para 2020, o treinador coleciona polêmicas em seus três primeiros meses e balança no cargo em meio a quarentena.
Mesmo com a paralisação do futebol brasileiro, o técnico do Timão ainda se vê ameaçado: nesta última quarta-feira (22), foi a vez do presidente Andrés Sanchez criticar o treinador publicamente e colocar em dúvida sua permanência.
Em entrevista concedida a Jorge Nicola, em seu canal no YouTube, o presidente do Corinthians foi perguntado sobre algumas declarações polêmicas de Tiago Nunes sobre o CIFUT, centro de inteligência do clube, que segundo o técnico, estava sucateado, e resolveu ironizar os comentários.
"Não tem nada sucateado. Tudo lá é moderno. Quando Tiago veio, teve carta branca, mexeu em tudo. Ele foi infeliz no comentário, nas palavras dele. Como trabalhou antes no Barcelona, achou que aqui estava tudo ruim." afirmou Andrés. Minutos depois, não foi categórico em bancar a permanência do treinador. "Tudo pode acontecer, eu não banco. Ele pode até morrer."
© Rodrigo Gazzanel/Ag. CorinthiansNão é do costume do presidente deixar de bancar treinadores. Consagrado por manter Tite após a famosa eliminação do Corinthians diante do Tolima, na pré-Libertadores de 2011, o mandatário se notabilizou nos últimos anos por defender seus técnicos publicamente. Tiago Nunes, queimado, passou longe de ser protegido.
Além disso, segundo o Blog do PVC, o Corinthians entrou em contato para sondar Mano Menezes, e ouviu uma negativa do treinador, que afirmou que, para o clube, o melhor a fazer seria manter Tiago Nunes até o fim do ano. Andrés negou a informação, mas que o técnico periga, ninguém duvida.
Pra piorar, o Corinthians tem uma parada dura quando o futebol voltar: como todos já sabem, a próxima partida do Timão pelo Campeonato Paulista seria contra o Palmeiras. Assim, neste clima de balança mas não cai, o treinador do clube pode chegar - se chegar... - para comandar o time no Dérbi quase demitido.
Juntando isso ao cenário político conturbado do Corinthians e uma imagem fica clara: o caos paira sobre as paredes do Parque São Jorge.

