O Barcelona suou para bater o Getafe por 2 a 1, neste sábado (15), em jogo válido pela 24ª rodada de La Liga. O duelo mostrou as qualidades de um adversário que faz grande campanha até aqui, ocupando a terceira posição – atrás apenas de Barça e Real Madrid. Mas também foi um testemunho do clima de descontentamento no estádio Camp Nou.
Isso porque, em determinado momento da partida, vaias vindas das arquibancadas soaram na casa do Barça. Um descontentamento sobre a valorização absoluta na posse de bola, que curiosamente é um dos traços mais marcantes no DNA barcelonista. O problema, contudo, era o excesso de tempo em que a esfera ia para os pés do goleiro Ter Stegen.
Em meio às dificuldades que o time treinado por Quique Setién tinha para construir seu jogo, por causa da pressão do adversário sem a bola (inclusive fazendo muitas faltas), o goleiro alemão tocou na bola 73 vezes e deu 69 passes. Em nenhum jogo na atual temporada de La Liga um arqueiro participou tanto das ações com o pé.
Ter Stegen tocou mais na bola do que qualquer jogador do Getafe e, inclusive, mais vezes até do que Lionel Messi – apenas os zagueiros Umtiti e Piqué, e o meio-campista Busquets deram mais passes do que o camisa 1. O argentino, que voltou a decidir com assistência, deu 71 toques e 48 passes.
Após o jogo, o técnico Quique Setién comentou as vaias enquanto explicava a forma de jogar neste sábado: “acontece por causa do nervosismo, você vê a bola rodar pela sua área, aparecem algumas dificuldades e você vê que está mais perto do seu gol do que do gol do adversário. Eu mesmo fiquei nervoso, mas esta é nossa identidade e nós buscamos controlar o jogo desde atrás”, observou.
“Às vezes o risco é alto, mas o benefício é muito alto, como vimos nesta temporada em vários gols”.
Com a vitória, o Barcelona chegou a 52 pontos e no momento divide a liderança do Campeonato Espanhol com o Real Madrid – que entra em campo neste domingo (15) sob os olhos de Tite, técnico da seleção brasileira, que irá observar atletas.




