De olho em um treinador desde o final do Brasileiro, o Atlético-MG foi atrás de Jorge Sampaoli em dezembro do ano passado. As negociações, no entanto, se encerraram no dia 20 daquele mês - o treinador teria pedido algo em torno de R$ 2 milhões para ele e o resto da comissão técnica, valor considerado muito alto.
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Pouco mais de dois meses se passaram. De olho em um novo treinador para o restante da temporada 2020, o Atlético-MG foi atrás de Sampaoli. O argentino, desempregado desde que deixou o Santos, desta vez baixou a pedida (R$ 1,1 milhão segundo o Blog do PVC) e a novela terminou com final feliz.
O anúncio da contratação foi feito pelo presidente do clube mineiro, Sergio Sette Camara, e empolgou a massa atleticana, que ganha um suspiro de esperança depois de um início de temporada que nem o mais pessimista dos torcedores imaginava.
Depois do primeiro não de Sampaoli, o Galo apostou em outro estrangeiro: Rafael Dudamel. Em dez jogos, o treinador usou cinco esquemas diferentes, não repetiu a escalação nenhuma vez e os resultados não vieram.
Eliminado pelo Unión Santa Fe na Copa Sul-Americana e pelo Afogados na Copa do Brasil, vexame que custou o cargo do venezuelano e de dois dirigentes, o clube alvinegro só vai disputar o Mineiro e o Brasileirão no restante do ano - além de dever uma multa ao ex-treinador que, segundo se especula, pode ultrapassar os R$ 7 milhões.
Estes dois meses trágicos entre o "não" e o "sim" elevam o status de Sampaoli para salvador da pátria do Galo. Com menos competições pela frente, o treinador ao menos pode ter mais tempo para implementar seu elogiado estilo de jogo que nesta década só não fez sucesso na seleção argentina - ele foi bem na Universidad de Chile, no Sevilla, na seleção chilena e no Santos.
Sampaoli deve assinar na terça-feira um contrato válido por duas temporadas com o novo clube. Sua estreia já será um teste de fogo - sábado, em clássico contra o Cruzeiro pelo Mineiro.