Robinho sequer estreou, mas já impõe dilema no Santos

Robinho nem estreou, mas já é uma dor de cabeça para o Santos. O atleta, condenado a nove anos de prisão pelo crime de estupro na Itália, em novembro de 2017, chegou causando indignação em boa parte da torcida do clube e, mesmo sem data para estrear, já é um problema para o Peixe.

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Segundo notícia revelada pelo blog do Rodrigo Capelo, no GE, a patrocinadora Orthopride, que tinha acordo com a equipe até fevereiro de 2021, rompeu o contrato vigente após o acerto do time da Vila com o jogador, citando "respeito às mulheres".

A empresa também deixou claro que não foi comunicada sobre a decisão do Santos em acertar com Robinho e que não concorda com a contratação do atleta. Ainda que caiba recurso no processo, o jogador já foi condenado em primeira instância.

Santos 2010 RobinhoSantos FC

Primeiramente recusado pelos altos vencimentos, Robinho concordou em voltar somente até o término do Brasileirão, em fevereiro, e recebendo, por três meses, um salário mínimo de R$ 1.500. Nos outros dois meses, o atleta receberá R$ 600 mil, pagos integralmente por Marcelo Teixeira, empresário influente na política do Peixe.

Assim, o Santos decidiu reverter a decisão e assinar com o jogador. A contratação do ídolo gerou indignação em parte significativa da torcida do clube - especialmente em mulheres, dadas as circunstâncias da condenação de Robinho por estupro.

De início, a indignação havia ficado apenas nas redes sociais. Como o atleta não atua desde julho, está em processo de recuperação física e só deve estrear no fim do mês de outubro. Ainda assim, já traz consigo impactos negativos após sua contratação.

Segundo reportagem do GE, nenhum dos patrocinadores foi consultado sobre a contratação. Assim, o Santos corre risco que outras empresas, como aconteceu no caso da Orthopride, decidam encerrar seus contratos. Robinho pode até dar certo dentro de campo, mas fora dele, já começa com um saldo bem negativo.

Em resposta às críticas, o Santos divulgou uma nota oficial em seu site, criticando a "cultura dos tribunais de internet", afirmou que acredita na presunção de inocência do jogador e que não pode entrar no mérito da acusação. Confira a nota:

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