É impossível não apontar Neymar como o grande craque do Paris Saint-Germain na épica classificação sobre a Atalanta, conquistada com virada nos últimos minutos das quartas de final da Champions League. Mas se Marquinhos não estivesse na pequena área, como se fosse um centroavante clássico, a narrativa de heroísmo que cercou o camisa 10 não seria a mesma. Provavelmente nem existiria.
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Símbolo da individualidade na equipe, Neymar deu o passe para Marquinhos e o PSG empatarem minutos antes de o placar mostrar o 2 a 1 que levou os franceses à semifinal. Sim, o nome do defensor brasileiro se confunde com o do clube, e se você acha que o inverso não acontece talvez seja pelo perfil mais quieto do camisa 5. Ou por ele não ser uma das tantas estrelas badaladas do elenco. Mas pergunte ao torcedor mais fervoroso do Paris qual jogador ele mais admira e não se surpreenda com a grande chance de escutar o nome do ex-corintiano.
Marquinhos já viveu muitas emoções em Paris ao longo destas sete temporadas desde sua chegada, após rápida passagem pela Roma. E carrega cada lembrança do passado consigo neste momento em que o clube se vê mais perto do que nunca do tão sonhado título europeu.
“Nós mudamos muito, as coisas que aconteceram nos deram aprendizados e também algumas cicatrizes, mas nos levou a este momento”, disse em entrevista coletiva, visando a semifinal desta terça-feira (18) contra o RB Leipzig, da Alemanha. “Eu gosto muito deste time. O clube cresceu muito e trouxe muitos grandes jogadores, como Neymar e Mbappé. Eles são estrelas globais e é importante jogar ao lado deles”, completou.
Peça fundamental no esquema montado pelo técnico Thomas Tuchel, que passou a utilizar o zagueiro como um primeiro volante, Marquinhos não parece se ver em outro clube que não seja o PSG. Ao menos neste momento e a curto-prazo, uma vez que sua última renovação contratual é válida até 2024. Ou seja, com 28 primaveras completadas, terá entregado os seus melhores anos de atleta à causa parisiense.
Mantendo a boa média de jogos que tem por campanha, o defensor, líder dentro do vestiário e em campo, pode até mesmo entrar no Top 3 de atletas com mais jogos pelo clube. Marquinhos já disputou 281 partidas pelo PSG, e até 2024 pode alcançar a marca dos 400 duelos. Se conseguir, será o segundo que mais vezes vestiu a camisa parisiense, atrás apenas de Jean-Marc Pilorget (e seus 435 jogos). Mas não são as marcas individuais que movem seu ímpeto: Marquinhos quer entrar para a história como membro do grupo que deu a tão sonhada Liga dos Campeões ao clube.
“Nós queremos este troféu porque somos ambiciosos. Queremos isso, temos este sonho, mas sabemos que o caminho é longo e difícil. Não vai vir sem luta, não vai ser fácil, então não basta ficar apenas sonhando com isso”, concluiu o jogador que, por estar quase sempre com os pés fincados no chão e no PSG, já garantiu um lugar todo especial no coração dos torcedores. Neymar e Mbappé podem ser os grandes craques, mas a bandeira dentro de campo é o defensor brasileiro.




