A ida de Neymar para o Al Hilal, da Arábia Saudita, teve um capítulo a parte na relação conturbada entre o jogador e o PSG. A prioridade do brasileiro era um retorno ao Barcelona, mas o clube francês resolveu “dar o troco” no atacante e o colocou numa “sinuca de bico”, a saída foi aceitar a milionária oferta dos sauditas.
Não é de hoje que a relação entre as partes estava ruim, há pelo menos três janelas de transferências se falava numa saída de Neymar. A insatisfação era dos dois lados. Em julho do ano passado, no entanto, o brasileiro ativou uma cláusula que permitia a extensão de seu vínculo com o PSG até junho de 2027, o que causou insatisfação nos franceses.
De lá para cá, a situação foi piorando não só com Neymar, que era um dos alvos de protestos da torcida, mas também dentro do clube. Após o fracasso da última temporada, em que caiu nas oitavas de final da Champions League, o PSG decidiu fazer uma reformulação e iniciou espécie de limpa no elenco.
O clube mandou um recado, inclusive para Mbappé, ao afasta-lo por decidir não assinar a renovação de contrato e nem topar ser negociado nessa janela de transferências. Em paralelo e isso, a chegada de Luis Enrique, trouxe expectativa em relação a Neymar, uma vez que ambos trabalharam e tiveram sucesso juntos no Barcelona.
Apesar disso, o que aconteceu foi bem diferente. Com um forte interesse do futebol saudita em Neymar desde março, o PSG viu a oportunidade de fazer dinheiro com a saída do atacante, algo que já parecia improvável no mercado da bola. Sob a batuta de Luis Enrique, o clube informou ao jogador que não contaria com ele para a temporada. Ou seja, ou arrumava uma nova equipe, ou ficaria no Parc de Princes, afastado sem ter a certeza de que poderia lutar por uma nova oportunidade.
Diante da situação, o estafe de Neymar começou a se mexer, especialmente para um retorno ao Barcelona. A situação se tornou improvável pelos valores que o PSG pretendia receber pela transferência: entre 60 a 80 milhões de euros fixos inicialmente.
Sem clubes dispostos a fazer o alto investimento, o Al Hilal conseguiu a brecha e se aproximou do brasileiro.Com uma proposta de dois anos e o dobro do salário que Neymar recebia no PSG, livre de impostos, vale ressaltar, os sauditas convenceram o jogador. O acordo com o clube francês foi rápido, e segundo soube a GOAL, levou menos de 3 horas para que todos os detalhes fossem fechados.
No final, o PSG conseguiu cerca de 90 milhões de euros entre o valor fixo e metas mais fáceis de serem atingidas. A transação final pode render ainda mais 30 milhões de euros aos franceses. É a maior transação da história de um clube do oriente médio.
