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Vanderlei Luxemburgo Palmeiras São Paulo Paulista estadual 25 01 2020Divulgação/Palmeiras

Palmeiras dos garotos? Bastou primeira derrota para Luxemburgo pedir reforços

Bastou a primeira derrota do Palmeiras no Campeonato Brasileiro para o técnico Vanderlei Luxemburgo mudar o tom na análise sobre o elenco que tem à disposição. Se antes o assunto era a oportunidade aos garotos e a concorrência por um lugar no time titular, agora ele falou abertamente sobre a expectativa por reforços para a sequência da temporada.

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"Temos que fazer alguma coisa, as três competições são muito difíceis. E vamos ter jogadores convocados, lesionados, temos que ver. Primeira vez que falo sobre isso. É uma necessidade que temos, por número e para acrescentar o que já temos de qualidade", falou depois de perder por 2 a 1 para o Botafogo.

A resposta vem no primeiro momento em que Luxemburgo foi mais firme ao admitir uma atuação ruim do time. Ele cobrou maior regularidade no desempenho, disse que o primeiro tempo foi horrível e usou o termo "inadmissível" para se referir à apresentação da equipe no Estádio Nilton Santos. Das outras vezes em que foi questionado de forma parecida, o ponto somado no fim do jogo e a invencibilidade eram suficientes para o treinador dizer que as críticas sobre o time vinham sendo exageradas.

Sobre o elenco, é curioso que precisou acontecer um resultado negativo para o comandante avaliá-lo desta forma. Se o debate em torno do futebol tanto cobra uma maior discussão sobre o desempenho e a capacidade dos treinadores, e não só comentários sobre resultados finais das partidas, dessa vez o fato do time não ter conseguido o empate no Rio de Janeiro escancarou questões até então pouco tratadas nas falas públicas de Luxemburgo.

O Palmeiras fez uma opção por enxugar o elenco e por não tentar extrair um melhor desempenho de atletas que não vinham em grande fase, inclusive valorizando as soluções caseiras na geração formada em casa que não tinha espaço com Luiz Felipe Scolari. Desde o início da atual temporada o discurso foi de deixar de ser aquele clube tão comprador, em período de muito investimento que começou em 2015.

Se hoje o Palmeiras não tem um lateral-esquerdo para suprir a ausência de Viña, é porque liberou Victor Luis, cedido ao Botafogo, e Diogo Barbosa, negociado com o Grêmio. Na frente, onde a equipe sente falta do lesionado Luiz Adriano, são cinco emprestados: Dudu, Borja, Deyverson, Carlos Eduardo e Erik.

O meia Hyoran, no Atlético-MG, e o zagueiro Juninho, no Bahia, são outros que pertencem ao clube e jogam a Série A. Ainda no setor criativo, grande questão do time atual e alvo de tantas contratações nos últimos anos, o Palmeiras tem o venezuelano Alejandro Guerra treinando separadamente e tinha Artur, jogador que se destacou no Bahia e depois acabou vendido em janeiro para o Bragantino. Ou seja: foi uma escolha ter um elenco recheado de jovens, por questões técnicas e financeiras como proposta para o momento do clube.

"Precisamos fazer alguma coisa, pois temos muitos garotos. É um trabalho que precisa ser feito, mas não podemos jogar na garotada toda a responsabilidade, que eles vão resolver os problemas do Palmeiras e jogando isso nas costas deles", acrescentou Luxemburgo na noite de quarta-feira (7).

De fato, o elenco principal do Palmeiras não é grande, e são apenas 26 jogadores listados hoje no site oficial. Essa relação não conta com jovens que têm sido relacionados recentemente, como Renan, Vitinho e Gabriel Silva, todos com 18 anos e que ficaram no banco de reservas contra o Botafogo.

Mas não deixa de ser simbólico que na primeira derrota na Série A, diante das críticas pelo futebol apresentado, Luxemburgo recorra ao desejo por reforçar o elenco, exatamente o contrário do que foi projetado no início da temporada, tudo porque dessa vez o time não conseguiu o ponto no final do jogo. Se Willian garante o empate, de pênalti, já na reta final da partida , talvez a conversa seria sobre o poder de reação do elenco que foi para cima quando se viu atrás do placar. Agora, sem a invencibilidade, o treinador abriu mão de apenas defender a qualidade do trabalho.

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