“Não nos falta nada aqui. A nossa obrigação é jogar e ganhar”.
Abel Ferreira costuma dizer a frase acima com frequência no dia a dia no Palmeiras. Jogadores, membros da comissão técnica e dirigentes são “bombardeados” pelo lema do treinador português, que está encantado com a estrutura e as condições de trabalho no clube.
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O lado acadêmico de Abel é a chave do sucesso para o desempenho do Verdão, que, desde a chegada do novo comandante, venceu oito partidas e perdeu apenas uma. O elenco alviverde entendeu muito bem os conceitos récem-empregados, dentro e fora de campo. Os assistentes e compatriotas Vítor Castanheira e Carlos Marinho têm papel decisivo no processo de ensino.
Estudar e ensinar, na verdade, há anos fazem parte da trajetória do português. Completou o curso de educação física entre 1998 e 2002, quando estava começando a carreira como jogador, ainda nos tempos de Penafiel e Vitória de Guimarães. Ignorou durante quatro temporadas as férias e fez o que pôde para conciliar tudo.
Já mais experiente, no Sporting, assumiu o posto de “treinador secundário” do time, especialmente de 2008 a 2010. Foi então apelidado de “professor” pelos companheiros de equipe.
Ao lado de Marco Caneira, Tonel e Derlei, Abel Ferreira chegou a criar um “grupo de estudos” para discutir e analisar semanalmente os métodos de treino dos técnicos, entre eles Paulo Bento, Carlos Carvalhal e José Couceiro. Sempre, claro, respeitando a hierarquia.
Leitor assíduo, tendo preferência por política e história, como, por exemplo, as biografias do líder militar francês Napoleão Bonaparte e do piloto brasileiro Ayrton Senna, o comandante palmeirense também tem uma preocupação extra com a comunicação. É adepto do "saber falar".
Antes de iniciar a profissão de treinador, Abel teve um “intensivo” na televisão portuguesa. Passou cerca de seis meses como comentarista. Ao fim de cada partida de futebol, pedia insistentemente um “feedback” dos outros envolvidos na transmissão, quase sempre jornalistas. Absorvia e anotava toda e qualquer dica.
