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2009 Vanderlei Luxemburgo PalmeirasMIGUEL ROJO/AFP/Getty

O último Luxemburgo do Palmeiras: um grande Paulista, momentos históricos e falhas decisivas

Novo técnico da equipe para 2020, Vanderlei Luxemburgo tem uma grande história no Palmeiras, com esquadrões históricos pelo clube do Palestra Itália na década de 90, mas não é preciso ir tão longe para citar boas lembranças do treinador na equipe. A Goal relembra para você como foi a última passagem dele pelo Verdão, entre 2008 e 2009, com momentos marcantes e falhas que impossibilitaram feitos maiores.

Contando com o desabrochar de Valdivia, grandes fases de Diego Souza e Kleber, além de Alex Mineiro como artilheiro, Luxemburgo montou um time dinâmico e que marcou um Palmeiras campeão pela primeira vez desde o retorno à elite do futebol nacional. Não foi brilhante, mas também não foi "apenas um Estadual".

Um grande Paulista

Desde a primeira notícia de que Vanderlei Luxemburgo havia ganhado força nos bastidores do Palmeiras, várias análises colocaram a última passagem do treinador no clube como detentora de "apenas um Estadual". Ainda que seja numericamente correta, porém, a análise parece muito fria para quem acompanhou a conquista de 2008.

Com um time bem reforçado pelas contratações em parceria com a Traffic, o clube do Palestra Itália ainda não havia conquistado taças no século e via os rivais enfileirarem cinco dos últimos seis Brasileiros (Santos 02/04, Corinthians 05, São Paulo 06/07). Era preciso dar uma resposta rápida e o Paulista era a primeira oportunidade para isso.

Com nível técnico bastante acima da média nacional, basicamente pelos títulos citados acima, o Paulista mostrou um Palmeiras em evolução com relação à reconstrução de 2007 e marcou um time de volta à briga pelas conquistas no país. Desbancar o São Paulo de Muricy Ramalho acabou sendo o grande trunfo para Luxemburgo validar seu trabalho.

Depois de golear os tricolores na fase de classificação, algo raríssimo na série de Libertadores e tri Brasileiro do clube do Morumbi, o Palmeiras conseguiu eliminar o rival na semifinal dentro do Palestra Itália. O famigerado gol de Valdivia deu ao clube apenas a terceira vitória em mata-matas na história sobre o adversário, pouco depois de duas eliminações seguidas em Libertadores da América.

Um Brasileiro que poderia ser mais

Jorge Valdivia Palmeiras 2013GettyÍdolo alviverde, Valdívia ainda voltaria ao clube para uma segunda passagem, entre 2010 e 2015 (Foto: Getty)

Depois de desbancar o hegemônico São Paulo, o Palmeiras entrou no Brasileiro de 2008 como candidato ao título e assim se manteve até a reta final do torneio. Liderou boa parte da competição e batalhou como favorito na competição, algo que não acontecia desde a década de 90. No fim, porém, perdeu forças na competição com times mais acostumados a disputar os pontos corridos.

O símbolo daquela queda foi a derrota por 1 a 0 para o Grêmio, em casa, com um gol de falta de Tcheco. O goleiro Marcos foi para a área adversária tentar o empate, algo comum no futebol em jogos decisivos, mas totalmente incomum pelo tempo: restavam ainda 20 minutos no relógio. O descontrole pareceu evidente para aquela queda de pródição, culminando em um G-4 na tabela final.

Uma Libertadores marcada na memória, mas sem sucesso

A Libertadores de 2009 deu ao torcedor palmeirense passagens históricas, muito mais pelo coração do que pelo mérito esportivo, ainda que tenha terminado em uma melancólica eliminação diante do Nacional-URU, nas quartas de final de um torneio que parecia destinado a ser palmeirense.

Depois de um começo ruim, a equipe conseguiu a classificação ao derrotar o Colo-Colo em Santiago, no Chile, por 1 a 0. O gol marcado por Cleiton Xavier, em chute que partiu de trás da intermediária ofensiva, deixou o meia como um herói por anos.

Vivendo em meio à dificuldade de adaptação das contratações para a temporada, como Marquinhos e Willians, além da queda de produção de Keirrison, o Palmeiras ainda conseguiu passar nos pênaltis contra o Sport nas oitavas de final, talvez na última participação brilhante de Marcos pelo clube.

Diego Souza Palmeiras Nacional Uruguai Libertadores 2009Getty

Saída conturbada

À época ao lado de Muricy como o técnico mais bem sucedido do futebol nacional (Felipão estava no Chelsea), Luxa viu sua saída acontecer por um misto de queda de rendimento e "quebra de hierarquia", termo usado pela própria diretoria.

Insatisfeito com a possibilidade de venda do atacante Keirrison, disse em entrevista que o atleta não jogaria mais com ele saindo ou não para o Barcelona. Foi demitido horas depois, iniciando uma década inteira de hiato até a sua quinta passagem pelo Verdão.

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