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Endrick, Palmeiras na Copinha 2022Fabio Menotti/Palmeiras/Divulgação

O “calma com Endrick” já foi para o beleléu

Enquanto Endrick enfileirava dribles e atuações decisivas na edição 2022 da Copinha, que acabou terminando com título do Palmeiras, muitas sensações tomaram conta dos fãs de futebol e uma palavra dominou o debate sobre a joia: calma.

“Calma”, pediram, cheios de razão e de boas intenções, os mais diversos comentaristas e até mesmo o técnico alviverde, Abel Ferreira.

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“Em relação ao Endrick, nós vamos ao Mundial, mas se o clube achar bom comprar uma passagem para a Disneylândia para ele e a família, é o que ele precisa. Tem 15 anos, ainda é um menino”, afirmou Abel sobre o garoto, que ainda nem chegou ao time profissional mas, feito raro, consegue ser tema constante no Palmeiras mesmo em meio a uma preparação para um Mundial de Clubes.

Pedir calma era o óbvio, além de ser o mais correto, por várias razões.

O fato de ser um adolescente de apenas 15 anos, com muita estrada ainda para percorrer e desafios a serem encarados, a maior delas.

Mas estamos falando provavelmente da maior sensação de uma Copinha desde que Neymar, também aos 15 anos, defendeu o Santos na edição 2008 do torneio de base.

Pedir calma é o comando do cérebro, mas o desafio é não ter uma expectativa gigantesca sobre até onde o projeto de craque pode chegar.

A cada pedido de calma, temos imagens de gols de bicicleta e dribles desconcertantes e gols marcados do meio-campo em duelos contra rivais. Uma média de gols na base que é próxima a um por jogo e uma capacidade rara para decidir jogos em suas categorias. Claro, o futebol profissional é um mundo à parte... mas Endrick colocou no bolso o desafio de ser um sub-17 decisivo antes de também ser decisivo no sub- 20 mesmo sendo, ele, um sub-15.

É como naquela situação da vida em que você se apaixona pela pessoa, mas ao mesmo tempo em que busca manter os pés no chão não consegue parar de sonhar. Ou seja: a calma, neste caso, já foi para o beleléu. O “vai dar namoro” aqui seria traduzido em um “vai ser uma estrela do futebol”. Não é pouca coisa. Ainda não temos a resposta para esta pergunta, mas é fato que hoje o “é preciso ter calma com Endrick” é mais um mantra (honesto e justo) do que uma realidade.

A “calma” já perdeu o jogo para uma expectativa absurda. Tanto que, em um curto espaço de tempo, o garoto já estampou capas de jornal na Espanha e recentemente concedeu uma entrevista exclusiva ao Marca. Falou sobre Real Madrid e sua simpatia pelo clube merengue, que segundo apurado pela GOAL deseja ter prioridade de sua compra, sem deixar de também elogiar o Barcelona.

Tudo bem, os espanhóis são apressadinhos para levar joias nesta realidade em que países como o Brasil passaram a ser, acima de tudo, exportadores de talento. Mas a “calma” com Endrick já foi derrotada até mesmo do outro lado do oceano.

Hoje, o mais fácil é pedir: “um passo de cada vez com Endrick” ou um “vamos tentar não exagerar”.

O conceito é parecido, mas pedir calma já não dá. Endrick levanta grandes expectativas, independentemente de sua idade. Onde é falado o seu nome, olhos são arregalados e cabeças acenam de forma positiva. No Brasil e no mundo.

"Eu tento não pensar no futuro, mas sim no presente", reconheceu Endrick em sua recente entrevista ao Marca, antes de reconhecer que "claro, sonho em jogar na Europa, em jogar pela seleção brasileira e em ganhar títulos".

Conviver com o peso de toda esta expectativa promete ser um dos maiores desafios a serem driblados por Endrick. Nós só podemos torcer e esperar as cenas dos próximos capítulos.

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